Destaques do Gil Vicente: como se escreve obra de arte em japonês?
Apenas o pé esquerdo do criativo nipónico foi capaz de fazer sorrir os adeptos gilistas. (Foto: Manuel Fernando Araújo/LUSA)

GIL VICENTE-CASA PIA, 1-1 Destaques do Gil Vicente: como se escreve obra de arte em japonês?

Fujimoto assinou o momento da tarde com um remate pleno de intenção e em que a bola só parou no ângulo superior direito da baliza contrária; de resto... desinspiração quase total

MELHOR EM CAMPO: FUJIMOTO (6)

Quem, num jogo entediante, consegue fugir ao marasmo, ainda que apenas por um momento, e assine a rubrica que o japonês assinou, então poucas (ou nenhumas) dúvidas deixa: distinção entregue. O camisola 10 já leva quatro golos na época e está a apenas um de igualar a marca da temporada passada.

A desinspiração que tomou conta da equipa, especialmente na segunda parte, período que poderia ter sido aproveitado com a moral advinda do golo apontado por Fujimoto em cima do intervalo, teve uma mancha ainda maior na exibição de Sandro Cruz. O lateral-esquerdo foi imprudente na abordagem ao duelo com Larrazabal e cometeu o penálti que haveria de dar origem ao golo do empate dos gansos.

Zé Carlos até tinha entrado bem, com uma excelente ocasião para marcar (7’), na sequência de um excelente passe em profundidade de Buatu, mas foi caindo de produção.

Mory Gbane e Jesús Castillo deram músculo ao miolo, mas pouco mais.

Na frente, Jordi Mboula e Félix Correia demonstraram pólvora seca, o mesmo acontecendo com Cauê dos Santos.

Santi García e João Teixeira foram lançados para darem mais ousadia ao coletivo, mas nem o espanhol nem o português tiveram o condão de transformarem o jogo coletivo.

As notas dos jogadores do Gil Vicente:

Andrew (5), Zé Carlos (5), Buatu (5), Rúben Fernandes (5), Sandro Cruz (4), Mory Gbane (5), Jesús Castillo (5), Jordi Mboula (5), Fujimoto (6), Félix Correia (5), Cauê dos Santos (5), Santi García (5), João Teixeira (5), Jorge Aguirre (5) e Tidjany Touré (5)