FC Porto-SC Braga, 2-1 Destaques do FC Porto: Pepê abraçou a glória e o apanha-bolas também
Brasileiro esteve na origem do penálti cometido sobre Galeno e decidiu o jogo num remate indefensável, após combinação com Nico. Um lance onde outro ‘miúdo’, fora das quatro linhas, brilhou
O melhor em campo: Pepê (8)
Interessante o seu movimento de fora para dentro, a forçar o recuo de Gabri para cobrir as subidas de João Mário na 1.ª parte. Não foi, declaradamente, extremo direito, e isso plantou a dúvida no adversário e confundiu as marcações defensivas do SC Braga. Exemplo disso foi a liberdade de que beneficiou no passe fabuloso a isolar Galeno, momento que gerou a falta na área de João Ferreira e a consequente grande penalidade. Num rápido lançamento de linha lateral, uma combinação com Nico trouxe-lhe a alegria do golo, um minuto depois do SC Braga ter empatado. Mérito repartido por quatro: Martim Fernandes, que fez o lançamento lateral, o espanhol, o brasileiro e o apanha-bolas que repôs rapidamente o esférico – e que por isso foi abraçado por Pepê.
7 DIOGO COSTA — Extraordinários reflexos a evitar o golo de Vítor Carvalho. O médio, isolado por Gabri, tocou na bola em esforço, o 99 portista tirou a festa do bracarense com a luva, à passagem da meia hora de jogo. No golo de Roger, nem com asas lá chegaria, tal a colocação e a potência do pontapé do jovem bracarense. Aos 90’, esticou-se para desviar bola venenosa de Ouazzani, evitando o empate.
5 JOÃO MÁRIO — Começou forte, com dois cruzamentos muito perigosos para Samu (grande corte de Victor Gómez) e Galeno, num dos muitos remates do brasileiro. Ficou muito exposto a partir o amarelo que lhe foi exibido aos 18’, devido a uma entrada dura sobre Gabri. O espanhol aproveitou esse condicionalismo para exercer ainda mais pressão sobre o lateral. Vítor Bruno não facilitou e, ao intervalo, protegeu João Mário com a entrada de Martim Fernandes.
7 ZÉ PEDRO — Um bom jogo depois da turbulência que passou na jornada europeia frente ao Manchester United. Cortes cirúrgicos e bem medidos, vigilância atenta às diagonais de Gabri, e, na parte final, fez parede a um remate de Gharbi que levava promessa de golo.
6 NEHUÉN PÉREZ — Um corte de cabeça na área funcionou como gatilho para a bomba imparável de Roger no 1-1. Esperava o argentino, legitimamente, presença de aliados na zona da meia-lua. Quando tentou em desespero meter a perna na bola já era tarde demais. Crucificá-lo por este lance é injusto e, de certa forma, descabido, dado que não foi ele a deixar Roger sem marcação em zona tão delicada. No resto, foi de um acerto extraordinário.
6 FRANCISCO MOURA — Talvez o jogo mais exigente que teve, até agora, pelo perigo que representou Roger nas ações atacantes bracarenses. Por força disso, houve mais bloqueios às subidas atacantes do lateral, mas nem por isso mais hesitações no ataque ao problema. Roger também não teve vida facilitada a cruzar.
6 ALAN VARELA — Batalha exigente e na qual teve de puxar por um manancial de argumentos táticos e técnicos para tentar travar a última vaga atacante do SC Braga, na 2.ª parte. Nesse capítulo, o primeiro tempo foi completamente diferente para o argentino, gozou de mais liberdade, apanhou um susto com uma fuga de Vítor Carvalho, mas, no essencial, a bola saiu sempre redonda dos seus pés.
6 EUSTÁQUIO — Patrulhou bem os seus domínios, uma ou outra perda de bola não penalizam uma atuação globalmente bem conseguida, em que a parceria com Alan Varela funcionou bem. O luso-canadiano tem o condão de simplificar processos, ainda que no golo de Roger estivesse em zona de ninguém na área – teria dado mais jeito na meia-lua, mas Nico também se atrasou.
7 NICO GONZÁLEZ — Belo momento individual a passar vários adversários e a enquadrar-se com a baliza de Matheus – o remate saiu perto do poste esquerdo (19’). Com mais visão periférica teria visto Pepê sozinho em boas condições para finalizar, mas ali assumiu – e bem – a responsabilidade de finalizar. O diálogo com o brasileiro foi mais fluido no 2-1 que rendeu três pontos ao FC Porto: a combinação entre os dois foi perfeita. Um pequeno pecado: no golo de Roger, deixou-se ficar para trás.
7 GALENO — Sexto golo na Liga, oitavo na temporada, o quarto de grande penalidade. São registos que o mantêm lá em cima como o jogador mais influente nos golos do FC Porto na Liga, ainda que nem todos os remates tenham saído bem – e teve pelo menos dois em zona promissora.
6 SAMU — Marcou e tudo parecia um conto de fadas até o VAR intervir. A falta clara sobre João Ferreira trouxe-o de volta à terra e a um jogo de exigência máxima em que não marcou, mas deu muito de si para provocar divisões no bloco defensivo dos bracarenses. Trabalhou, e muito, o espanhol!
6 MARTIM FERNANDES — Trouxe serenidade ao lado direito da defesa e, com muito mérito, foi expedito a lançar Nico na jogada que resultou no golo de Pepê. A entrada de Bruma colocou outro tipo de problemas a que soube dar resposta. Apesar do golo do SC Braga ter surgido de um primeiro cruzamento pelo seu lado, Adrian Marín foi inteligente ao centrar antes da aproximação do lateral.
5 FÁBIO VIEIRA — Mais alguns minutos nas pernas, e ainda ajudou o coletivo a defender a preciosa vantagem. Não teve foi contexto nem espaço para atacar.
(-) NAMASO — Uma fuga inconsequente.
(-) VASCO SOUSA — Perda de bola comprometedora deu a Ouazzani oportunidade de ouro para fazer golo. Valeu a atenção de Diogo Costa.
(-) DENIZ GUL — Sem tempo para fazer a diferença.