Destaques do FC Porto: Galeno aponta canhões de Portimão a Londres
Seis golos nas últimos seis partidas; mira afinada ao Arsenal e a justificar chamada à Seleção; estreia de Nico González a marcar pelo FC Porto; Pepê tomou-lhe também o gosto a faturar
Melhor em campo -- Galeno (nota 8)
Mais um recital do luso-brasileiro, a reclamar uma chamada à Seleção Nacional, esperando ouvir da boca do selecionador Roberto Martínez o seu nome quando divulgar a convocatória para os próximos compromissos de Portugal. Em Portimão voltou a ser decisivo, ao fazer a assistência para Nico González no 0-1 e a concretizar o 0-2 num autêntico tiro fora da área. O extremo atravessa um momento de grande fulgor na carreira, como atesta o facto de ter marcado seis golos nos últimos seis encontros. Teve o ensejo de bisar na partida, mas deslumbrou-se quando só tinha Nakamura pela frente. Mais uma exibição de gala, desta feita diante do Portimonense.
6 DIOGO COSTA — Passou praticamente a primeira parte sem ter qualquer trabalho, limitando-se a recolher bolas com os pés dos companheiros. Na segunda parte brilhou num remate de Jasper aos 63 minutos, evitando que o Portimonense reentrasse no jogo. De resto, pouco mais teve que fazer, perante a superioridade evidenciada pelos dragões.
6 JOÃO MÁRIO — Muito acutilante nas ações ofensivas, formando uma dupla de respeito com Francisco_Conceição. Ambos criaram sérios problemas ao Portimonense, a começar logo pelo lance que resultou no primeiro golo, em que ambos exerceram pressão sobre o portador da bola.
6 PEPE — Com o adversário sem uma referência na frente de ataque, o capitão controlou sempre as operações, atento sempre às rápidas movimentações de Hélio Varela e Jasper.
6 OTÁVIO — Mais uma exibição convincente do reforço de inverno dos dragões, que tem formado com Pepe uma dupla de respeito. Está perfeitamente identificado com a dinâmica da equipa e a provar que a sua contratação não foi um tiro no escuro dos responsáveis portistas.
6 WENDELL — Recuperou da lesão sofrida no clássico, mas notou-se, ainda assim, que não esteve no seu máximo. Cumpriu a preceito a sua missão, aventurando-se, sempre que possível, pelo flanco esquerdo. Não se coibiu de procurar um jogo mais interior para apanhar desprevenida a defesa contrária.
6 ALAN VARELA — É o grande pulmão do meio-campo portista, conferindo uma gestão nos equilíbrios da equipa, o que permite que Nico González se liberte um pouco das amarras táticas do treinador. Por vezes funciona (e bem!) como um terceiro central do FC Porto.
7 NICO GONZÁLEZ — Confirmou os indicadores deixados nos últimos jogos e voltou a exibir-se num grande plano, pautando todo o jogo do futebol. É uma espécie de placa giratória na zona intermédia e teve o condão de se estrear a marcar com a camisola do FC Porto. Um golo que festejou de forma exuberante, sempre muito apoiado pelos restantes companheiros.
7 FRANCISCO CONCEIÇÃO — O menino bonito dos dragões voltou a espalhar brasas no relvado do_Portimonense. Esteve na génese do primeiro golo, ao pressionar Gonçalo Costa. Depois teve várias arrancadas perigosas e numa delas poderia ter marcado, mas o remate saiu um nada rente ao poste da baliza de Nakamura.
7 PEPÊ — Depois de ter marcado ao Benfica, voltou a fazer o gosto ao pé diante da formação algarvia. Teve um golo cantado nos pés, mas optou pela nota artística e fez um chapéu a Nakamura quando se exigia um remate forte. Redimiu-se depois, ao dar a melhor sequência a um cruzamento primoroso de Jorge Sánchez.
6 EVANILSON — Lutador como é seu apanágio, não foi tão participativo como o costume, mas tal facto deve-se muito ao facto de tanto Galeno como Francisco Conceição terem optado muitas vezes por iniciativas individuais e nunca procurarem servir o ponta de lança brasileiro.
6 JORGE SÁNCHEZ — À semelhança do que sucedeu no clássico com o Benfica, entrou bem na partida e fez mais uma assistência para golo. Com a equipa balanceada para o ataque, sentiu-se como peixe na água.
(--) EUSTÁQUIO — Entrou para o lugar do esgotado Nico González com a missão de manter o equilíbrio da equipa no meio-campo e a vantagem confortável no marcador também facilitou a sua missão.
(--) DANNY NAMASO — Moralizado com o golo apontado ao Benfica, o inglês tentou faturar de novo, mas teve pouco tempo para o fazer.
(--) IVÁN JAIME — Posicionou-se no lugar de Galeno, mas o resultado estava feito e pouco mais havia a acrescentar numa vitória sem história do FC Porto.
(--) GONÇALO BORGES — Entrou na reta final do encontro para aproveitar os espaços deixados pelo Portimonense nas alas.