Destaques do FC Porto: Francisco levantou a ventania, Varela trouxe visão parcial
Dragões perderam em casa com o Estoril, mas nem tudo foi mau na exibição
Melhor em campo: Francisco Conceição (8)
Esteve em praticamente todas as jogadas de perigo do FC Porto e, sempre que a equipa o conseguiu isolar para o 1x1, Tiago Gouveia, o seu rival direto, não o conseguiu travar. Foi um quebra-cabeças. Provocou os cartões amarelos de Mateus Fernandes, João Marques, Pedro Álvaro e Tiago Araújo (!), cruzou sempre com critério e muito perigo e criou também as suas oportunidades. Primeiro, aos 29 minutos, com um desvio a tirar a bola do enquadramento da baliza, depois aos 50, desta vez com o guarda-redes a defender para canto. O_avançar do relógio foi-lhe retirando discernimento, mas fez tudo o que pôde para levar a equipa ao triunfo. Não foi por ele.
(5) Diogo Costa — Teve jogo mais ou menos descansado, com uma defesa a um remate forte de Rodrigo Gomes e duas saídas de líbero a transições rápidas estorilistas, que apanharam a última linha descompensada, até ao livre. Muito mérito de Holsgrove, pouco a fazer.
(5) Jorge Sánchez — Sólido a guardar o flanco, dinâmico a envolver-se no ataque pela direita, sempre que Francisco Conceição não era protagonista. Teve duas oportunidades na mesma jogada, na compensação do primeiro tempo, mas primeiro Carné e depois Volnei negaram-lhe o golo por que tanto lutou nesse momento. Saiu aos 65 minutos na procura por parte do treinador de estrutura mais ofensiva.
(5) Pepe — Teve Marqués sob controlo, na divisão de tarefas com Carmo, e pouco lhe sobrou, mas um erro de abordagem aos 40 minutos podia ter custado caro à sua equipa, uma vez que Marqués não levantou a cabeça e não viu Guitane com caminho livre para a baliza. Com o 0-1, foi o habitual líder.
(4) David Carmo — Notou-se sobretudo na qualidade com que quebra linhas de pressão com a qualidade do pé esquerdo. Aos 44 minutos, serviu Taremi para uma boa oportunidade graças a esse gesto, mas Rodrigo Gomes foi a tempo de cortar. No segundo tempo, a sua vida complicou-se, ao ser passado duas vezes por Guitane com muito perigo. O VAR salvou-o do penálti na segunda jogada, mas não se livrou do amarelo. No livre que se seguiu, Holsgrove fez o 0-1.
(6) João Mário — Bem alto em campo, com esse espaço libertado pelo posicionamento interior de Pepê, primeiro, e Taremi, depois, que alternaram como falsos-extremos. Coube-lhe o primeiro remate perigoso, aos três minutos, ao lado, e teve várias participações com interesse no ataque, anuladas com dificuldade pelos estorilistas. É dele também o passe para Eustáquio, antes de o companheiro ser derrubado, aos cinco minutos.
(5) Eustáquio — Aos três minutos, deu expressão ao que Sérgio Conceição lhe pede: subir no terreno para surpreender as defesas rivais. O resultado foi a falta de Volnei e o penálti que Taremi depois desperdiçou. Viu o amarelo aos 29 minutos ao travar um contra-ataque de Guitane e, depois, não encontrou muitas soluções para ultrapassar as populosas linhas estorilistas, quando o bloco baixava. Viu-se isso mesmo num remate de muito longe, aos 71 minutos, que passou por cima da trave.
(7) Alan Varela — A visão periférica do argentino é extraordinária e a qualidade do pé direito para meter a bola onde coloca os olhos invejável. Excelentes passes para Taremi aos 38 minutos e Jorge Sánchez aos 45’+2 podiam ter sido assistências decisivas. Já tinha recuperado e segurado a bola no início da jogada que causou o penálti aos cinco minutos. Foi sacrificado aos 64 perante o 0-0 no marcador, e a uma visão que prometia não foi aproveitada e tornou-se parcial.
(5) Pepê — Começou como falso extremo-esquerdo, passou a falso extremo-direito, enquanto baixava para construir. Teve bom remate ao lado num canto aos 24 minutos, e mostrou-se concentrado no momento defensivo. Foi lateral e voltou a subir nos minutos finais. Desequilibrou menos que o habitual.
(4) Taremi — O penálti falhado tê-lo-á marcado, mas não foi o influenciador do costume. Ainda baixou para ligar jogo, porém, tirando um ou outro lançamento por parte dos colegas, foi sendo absorvido pelos canarinhos até à substituição.
(4) Evanilson — Começou muito bem, ao ultrapassar Tiago Araújo pela direita, e a cruzar para o primeiro lance de perigo aos três minutos, e ainda teve finalizações que podiam ter corrido melhor, aos 19 e 33 minutos. Apagou-se.
(4) Toni Martínez — Viu um amarelo e cabeceou à figura.
(4) Nico González — Apanhou o momento mais confuso da equipa.
(4) Gonçalo Borges — Tentou dar largura, contudo não acrescentou soluções.
(-) Franco — Novamente lateral. Desta vez, não decidiu.
(-) Namaso — Entrou para a confusão.