Destaques do Boavista: Poder a espaços e sangue na guelra não chegaram
As várias ausências, em especial no setor defensivo, condicionaram os axadrezados, que exibiram momentos de poder físico e mentalidade competitiva, porém insuficientes para evitar nova derrota
O Boavista apresentou-se na Reboleira altamente condicionado pela já longa sequência de maus resultados, agravada com lesões que obrigaram o técnico Petit a alguns improvisos para manter a equipa nos níveis competitivos desejados. Face à escassez de centrais de raiz – apenas Rodrigo Abascal estava disponível para o jogo – o técnico adaptou Pedro Malheiro e Filipe Ferreira, laterais direito e esquerdo de origem, respetivamente, numa linha de três defesas.
O trio improvisado foi sobrevivendo com dificuldade, sempre apoiado pelos alas Salvador Agra, que assumiu todo o lado direito com compromisso e velocidade (nem sempre devidamente acompanhado…) e Bruno Onyemaechi, que amiúde conseguiu originar espaços pela esquerda num duelo particularmente interessante com o estrelista Jean Felipe, e pelo guerreiro Seba Pérez, que se entregou à disputa com os demais adversários e permitiu alguma liberdade para que Gaius Makouta pudesse transportar a bola para terrenos mais adiantados em função do seu poder físico.
O congolês esteve próximo de marcar aos 73’ e aos 74’ foi fundamental para que Martim Tavares ainda fizesse a pantera sonhar. O atacante, internacional jovem por Portugal, entrou com sangue na guelra, marcou e ainda criou situações de perigo, mas tal revelou-se insuficiente para evitar que o Estrela, pouco depois, se impusesse e garantisse o triunfo.
As notas dos jogadores do Boavista: João Gonçalves (5), Pedro Malheiro (5), Rodrigo Abascal (4), Filipe Ferreira (4), Salvador Agra (6), Ibrahima Camara (5), Seba Pérez (6), Gaius Makouta (6), Bruno Onyemaechi (6), Bruno Lourenço (4), Robert Bozenik (4), Ilija Vukotic (4), Martim Tavares (6), Berna Conceição (3) e Jeriel De Santis (-).