Os bons pontas de lança não precisam de tocar muitas vezes na bola para decidirem um jogo. É o caso do eslovaco: sempre de olhos postos na baliza, obrigou Dani Figueira a grande defesa aos 18’ e aos 29’ atirou cruzado, à entrada da área, ao estilo Lewandowski. Um golo decisivo porque permitiu ter a margem para aguentar a reação do Estoril. Está perdoado.
João Gonçalves esteve sempre muito seguro na baliza, rápido a sair dos postes e revelando ótima coordenação com os centraisSasso (autor do 1-0 e de muitos cortes decisivos) e Abascal, que mais uma vez lançou muitos ataques com os seus passes longos de pé esquerdo, carregados de veneno. Filipe Ferreira foi infeliz na assistência involuntária para Marqués fazer o 2-1, mas que não mancha exibição sólida. Seba Pérez e Makouta foram leões na primeira parte, mas caíram de rendimento na segunda, à medida que os médios do Estoril começaram a ganhar protagonismo. Enquanto teve pernas, Reisinho soltou algumas gotas de perfume, a exemplo da abertura de craque para Bozenik fazer o 2-0, em contraste com o futebol mais agressivo, lutador e vertical de Salvador Agra, autor do remate que antecedeu o canto que ele próprio cobrou para o 1-0 apontado por Basso. Entre os suplentes, destaque para Brahima e Vukotic, que colocaram trancas no campo.
Duas equipas empatadas no 11.º lugar, com 21 pontos; Vasco Seabra, treinador dos canarinhos, regressa ao Bessa; Bozenik de volta às opções das panteras depois da transferência falhada para o Sevilha