Destaques do Benfica: um 'diablo' e um quarto de hora 'à Pavlidis'
Prestanni está a surpreender os benfiquistas (Miguel Nunes)

Benfica-Feyenoord, 5-0 Destaques do Benfica: um 'diablo' e um quarto de hora 'à Pavlidis'

NACIONAL28.07.202422:51

Dupla atacante surpreendente: quem pensaria que Prestianni e Pavlidis arrasariam o Feyenoord? Dois golos do grego e um jogão do baixinho argentino

Gianluca Prestianni

Primeira tentativa, disparo ao lado ao minuto 3, com o pé direito, segunda tentativa, disparo de primeira com o esquerdo, ao minuto 9, golo tão bonito quanto difícil, colocando, basicamente, a bola onde desejava. Não satisfeito, construiu o lance do 2-0, combinando bem com João Mário. Nova combinação com o médio, aos 38', acabou com disparo à trave do pequeno argentino, que, à vontade e à vontadinha, até bola por entre as pernas do marcador meteu.

Vangelis Pavlidis

Ao quarto de hora já tinha quase tantos golos como toques na bola e começou, naturalmente, a sofrer marcação cerrada. Não obstante, continuou a trabalhar bem e encontrou espaço para disparar aos 42', bola a sair ligeiramente ao lado. Primeira parte de sonho, com dois golos simples, na área, que pareceram fáceis mas muito têm a ver com posicionamento, e segunda parte calma, mais a ver jogar do que propriamente a jogar. Serviu para ganhar tempo de jogo.

Jan-Niklas Beste

Irrequieto e veloz, não pára sossegado e complica o papel ao extremo adversário e ao lateral que defende o flanco. Está sempre à procura de qualquer coisa, mas as coisas teimavam em acontecer sobretudo pelo eixo central. Não obstante, apareceu a cruzar, com sorte, para o 3-0 (bola sofreu desvio antes de chegar a Pavlidis), e depois a marcar de livre direto. Sabe-se que é uma das especialidades, mas neste caso foi pura felicidade: bola desviou (e como!) em Moussa.

Tiago Gouveia

Entrou ao minuto 65', troca direta com Bah, ocupando o lugar defensivo que lhe tem estado reservado nesta pré-época. Se há uma semana ou duas poderia ser visto como algo passageiro, enquanto não chega outro lateral, eis que agora estará a ser visto com olhos muito sérios. Mais a mais com o jogo de ontem. Pode estar ali um belo lateral-direito. Defendeu bem, atacou melhor, assistência perfeita para a cabeça de Arthur Cabral. Merece ficar no plantel.

Trubin —Tranquilíssimo, apesar de uma entrada mais forte do Feyenoord na segunda parte, entrou em ação ao minuto 62, segurando facilmente disparo frontal de Igor Paixão. As ameaças foram ficando mais sérias, aos 68' teve de ir à relva para travar cabeceamento de Lingr, mas o guarda-redes do Benfica não fez qualquer defesa realmente difícil.

al de Igor Paixão. As ameaças foram ficando mais sérias, aos 68' teve de ir à relva para travar cabeceamento de Lingr, mas o guarda-redes do Benfica não fez qualquer defesa realmente difícil.

Bah — Começa a ficar mais levezinho, mais veloz, mais capaz de apoiar o ataque. Defensivamente, noite bem descansada.

Tomás Araújo — Minuto 40, belo passe longo a isolar João Mário na direita, no minuto seguinte apareceu na sua pequena área a neutralizar ataque neerlandês. Bem a atacar e a defender, começa a ser caso sério na luta por um lugar no eixo central.

Morato — Começou mal, ultrapassado por Moussa e obrigado a uma recuperação relâmpago na sua área, mas aos 24' Florentino bem pode agradecer-lhe, dado que desarmou adversário a caminho da baliza do Benfica, depois de perda de bola do médio em zona perigosa. Bom jogo.

Florentino — Nem sempre tão seguro quanto os terrenos que pisa o exigem: ao minuto 24 bem pode agradecer a Morato, que resolveu asneira do médio em zona perigosa. Segunda parte mais segura, a jogar e a não deixar jogar, dado que o Feyenoord tentou crescer.

Leandro Barreiro — Uma tentativa de golo aos 30', bola cabeceada por cima da trave, mas estaria adiantado. Confirma que gosta de aparecer na área, mas também confirma pilhas para jogo do primeiro ao último minuto.

João Mário — Entrou bem no jogo, passou muito tempo na área do Feyenoord, esteve no lance do 1-0 e ao minuto 11 atirou ao lado, logo a seguir fez a assistência para Pavlidis fazer o 2-0. Trabalho perfeito aos 38', a oferecer o 5-0 a Prestianni, mas este acertou na trave. Quem o julgava acabado e fora da luta pela titularidade...

Aursnes — Bom passe para João Mário ao minuto 11, aos 53' atirou de fora da área, mas errou o alvo. De resto, marcou bem, passou bem, dribou bem. Está no ponto.

António Silva — Feyenoord tentou aumentar o volume ofensivo e o central lidou com muito trabalho, mas lidou bem.

Carreras — Impediu golo de Santiago Giménez, aos 58', colocando-se muito bem junto à linha de baliza, mas não pensou apenas em defender: belo cruzamento para Marcos Leonardo aos 70' e o 5-0 começou no seu pé esquerdo, com um passe de 50 metros.

Marcos Leonardo — Disparou de longe ao minuto 48, bola ao lado, mas não teve uma oportunidade de visar a baliza, dado que nas costas de Pavlidis fica mais longe da área. Não obstante, confirmou apetência para o lugar, boa relação com a bola.

David Neres — É dinâmico e competitivo, mas teve menos bola do que certamente desejaria.

Bajrami — Lidou nas calmas com as últimas tentativas do Feyenoord.

João Rego — Confirma que não tem receio algum de ter bola e assumir o jogo.

Arthur Cabral — Entrou tarde, mau passe, falta e... golo. O que mais pedir a um ponta de lança que é o terceiro da hierarquia?

Martim Neto Alguns, poucos, contactos com a bola.