Destaques do Benfica: Pavlidis e Marcos intratáveis e os bons sinais na estreia de Beste
Beste festeja com João Mário o segundo golo do Benfica no 3-1 ao Almería (Foto: Miguel Nunes)

Benfica-Almería, 3-1 Destaques do Benfica: Pavlidis e Marcos intratáveis e os bons sinais na estreia de Beste

NACIONAL21.07.202417:36

O Benfica venceu este domingo o Almería, em França, num jogo particular em que o ponta de lança grego marcou o quarto golo da pré-época e Schmidt recebeu boas vibrações

Os principais destaques do Benfica:

Pavlidis

Voltou a jogar depois de ter sido operado ao polegar da mão direita e voltou a mostrar que encaixa que nem uma luva na ideia de futebol ofensivo e agressivo de Schmidt. Desce muito para o bloco médio para roubar bolas e lançar os companheiros e depois como que aparece em todo o lado na zona de finalização. Dinâmico, marcou um golo oportuno a passe de Marcos Leonardo e esteve perto de marcar outros. Rematou muito e com perigo.

Marcos Leonardo

Um pouco atrás de Pavlidis, mas na mesma linha no momento de recuperar bola, o atacante brasileiro foi extremamente intenso e intencional em todas as ações. Rapidíssimo em espaços curtos, rematou para boa defesa logo ao minuto 2, aos 31' atirou ao lado poste, fez o passe para o golo de Pavlidis (numa excelente movimentação), serviu Neres e Aursnes e retirou-se de campo antes do intervalo com mais um grande remate para nova boa defesa.

David Neres

Primeira parte de nível já muito elevado do extremo brasileiro, sempre intenso e criativo, com um futebol diferenciado que ajudou a equipa a mandar no jogo. Cruzou sempre com muito perigo (aos 15' deixou Aursnes em boa situação) e também arriscou no remate, embora neste aspeto lhe tenha faltado melhor definição. O movimento que Neres fez da direita para o centro e o passe para Marcos Leonardo lançar o golo de Pavlidis foram deliciosos.

Jan-Niklas Beste

Estreia do lateral-esquerdo alemão, a mais recente contratação dos encarnados. Beste entrou depois do intervalo e ainda revelou alguma deficiência no posicionamento defensivo, fruto, também, da ansiedade que colocou na maioria dos lances. Porém, mostrou ser um jogador muito rápido e com vertigem ofensiva. Começou por cruzar mal, mas foi ajustando a definição e cruzou rasteiro para o segundo golo, apontado por João Mário.

Os outros que jogaram:

Trubin — Jogou a primeira parte, sem sobressaltos, mas com um golo sofrido no qual não teve culpa.

Tiago Gouveia — Jogou a lateral-direito e mostrou falta de rotina.Muito longe do extremo, deixou que ele aparecesse para rematar e ficou mal na fotografia do golo do Almería; a atacar teve movimentos interessantes, cruzou com qualidade e combinou com Neres, mas prendeu muito tem a bola e quebrou, por vezes, a dinâmica ofensiva da equipa.

Tomás Araújo — Seguro a defender, destacou-se principalmente nos passes longos e nas saídas com bola. Aos 8 minutos laçou Pavlidis na área do adversário, mas o ponta de lança recebeu de forma deficiente.

Morato — Sem tremer pelo ar ou junto à relva, mas a precisar de maior critério no passe.

Álvaro Carreras — Falhou demassiados passes nas transições e cruzou muito, mas quase sempre mal. Porém, aos 45 minutos fez passe atrasado para Pavlidis quase marcar.

Florentino — Recuperou muitas bolas e entregou-a bem, sempre perto da zona em que esteve a bola.

Leandro Barreiro — Joga de forma simples, mas ainda demonsta dificuldade para ocupar o espaço. Sem bola distraiu-se algumas vezes e deixou adversários entrarem nas costas, entre o meio-campo e a defesa. Intenso nos duelos e com dinâmica para jogar no campo todo.

Aursnes — Muito inteligente na ligação entre a defesa e o ataque, surgiu com perigo várias vezes. Muitas das boas ideias do jogo do Benfica passaram pelo norueguês, ala esquerda neste desafio.

Samuel Soares — A jogar com os pés transmitiu alguma insegurança, mas no mais mostrou qualidade e, aos 83 minutos, foi rápido a sair dos postes para anular jogada muito perigosa do Almería.

Diogo Spencer — O lateral-direito da formação mostrou serviço. Entrou para segunda parte e em poucos minutos fez dois remates, um à figura e outro a que faltou outra direção. Deu vida ao corredor e defensivamente soube quase sempre encontrar as melhores soluções para resolver problemas.

Gustavo Marques — Defesa-central mais à esquerda, mostrou segurança e fez alguns cortes em antecipação importantes, como o realizado aos 52 minutos quando a bola foi cruzada para o avançado dos espanhóis, que surgia à frente de Samuel Soares.

Bajrami — Procurou assumir o papel de patrão na defesa e varreu o setor de forma competente, pese embora um ou outro erro. Foi seguro pelo ar e autoritário nos duelos individuais.

Martim Neto — Qualidade com a bola nos pés, mas com dificuldades no momento da pressão.

João Mário — Equilibrou a equipa no momento em que ela mais precisou e marcou ritmos. Marcou o terceiro golo com um remate de primeira à entrada da área.

João Rego — Sentiu dificuldades para entrar no jogo, mas nunca baixou os braços. Solidário, ajudou muito a defesa e procurou carregar jogo, embora de forma um pouco desconexa.

Tengstedt — Sem capacidade para ganhar ou manter a bola. Correu muito, mas não conseguiu marcar posição.

Prestianni — Jogou a extremo-esquerdo e esteve muito mexido. Tentou o remate e servir os companheiros. Também foi solidário no nomento da pressão e até a recuar para fechar o flanco. A ansiedade prejudicou-o no momento do drible, mas não se inibiu.

Arthur Cabral — Menos veloz que Pavlidis ou Marcos Leonardo, o ponta de lança brasileiro fez valer o físico e colocou o ataque encarnado a jogar de forma mais posicional. Aos 53 minutos matou no peito a bola depois de um mau alívio de um adversário e marcou, de chapéu, um grande golo.