Destaques do Benfica: minuto de glória de Arthur nos 90 de luxo de Di María

Ponta de brasileiro finalmente herói no Benfica com golo marcado na compensão e 1 minuto depois de entrar em campo; Argentino acima de todos os outros e João Neves logo a seguir

TRUBIN (5) — Muito sereno a segurar dois remates de Ratkov na primeira parte e outro de Dorgeles. No lance do golo esticou-se, mas o remate de Susic foi forte e ainda desviou na perna de Tomás Araújo.

AURSNES (7) — Alguns problemas para defender o flanco direito, por onde os austríacos atacaram com maior qualidade. Grande recuperação junto à área do Salzburgo, aos 52’, que resultou em lance de golo iminente para as águias. Determinante a cortar lances de perigo na área na segunda parte, fase em que também melhorou na qualidade à aproximação no ataque.  Foi dele o cruzamento do golo de Arthur Cabral.

TOMÁS ARAÚJO (6) — Em estreia no onze, mas jogou como se já estivesse na equipa há muito tempo. Fez um corte muito importante aos 25’, já na área e a remate de Susic. Não chegou a tempo de evitar novo remate do mesmo jogador, aos 57’, que resultou em golo. Aos 67’ dobrou Otamendi quando Koita já ia disparado na direção da baliza.

OTAMENDI (7) — Um líder a defender e também a atacar. Foi ele quem saltou na área e atrapalhou o suficiente para tornar possível o golo de canto direto de Di María, quem aos 62’ rematou ao lado do poste após canto; e foi do argentino, por exemplo, o grande carrinho a cortar o remate de Ratkov, aos 39’, que levava o caminho da baliza de Trubin. Aos 62’ esteve quase a marcar, mas rematou um pouco ao lado do poste.

MORATO (6) — Foi defendendo o corredor com competência e também procurou apoiar o ataque, mas neste domínio faltam-lhe algumas ferramentas e rotinas. Ainda assim, aos 74’ furou bem na área contrária e cruzou atrasado, sem, contudo, encontrar destinatário certo. E aos 75’ ofereceu golo a Rafa, mas este falhou.

JOÃO NEVES (8) — Intenso da cabeça aos pés. Muito agressivo na reação à perda, roubou inúmeras bolas e numa delas lançou Di María para o lance do segundo golo. Impressionante o que corre, os espaços que ocupa. Fez só um remate, aos 84’, muito acima da trave. Cereja no topo da exibição foi o passe longo delicioso, para as costas da defesa do Salzburgo, que deixou Aursnes na posição de cruzar para golo de Arthur Cabral. 

KOKÇU (5) — Alguma bipolaridade na exibição. Com a bola nos pés, embora precipitado, é capaz de fazer passes como aquele que fez aos 31’, para Di María, mas sem ela perde qualidade e torna permeável o meio-campo dos encarnados. Era ele o homem mais perto de Susic no lance do golo dos austríacos, mas o médio turco não pressionou, nem tentou. Caiu fisicamente e saiu aos 68’.

RAFA (5) — Mais um jogo em que marcou um golo, bom golo, mas em que novamente mostrou uma falta de eficácia gritante. Voltou a falhar lances de golo iminente aos 13’, 52’, 75’ e 77’. Se Rafa tivesse acertado  mais, o Benfica não tinha sofrido tanto para ser feliz. 

JOÃO MÁRIO (5) — Ponto de equilíbrio para rodar o jogo da equipa, com pouca criatividade, mas muita geometria nos pés. Aos 48’ ofereceu o golo a Musa com um grande passe, mas o croata falhou o desvio.

TENGSTEDT (5) — Muito dinâmico, a mostrar velocidade agressividade, conseguindo protagonizar lances interessantes... mas faltou-lhe sempre mais um bocadinho...

MUSA (5) — Entrou com fome de golo e esteve perto dele aos 48’ e 81’, mas estiveram melhor os defesas do Salzburgo. Foi solidário a defender.

GONÇALO GUEDES (4) — Trouxe músculo e procurou conseguir à força que a sorte sorrisse aos encarnados, mas mostrou-se muito ansioso e sem a lucidez necessária para atacar a baliza da melhor forma. Perdeu alguns lances que apanharam os companheiros em contrapé.

ARTHUR CABRAL (8) — Arrasado no final do jogo com o Farense por gesto indecente para os adeptos, o ponta de lança resgatou, ontem, o seu minuto de glória. Entrou aos 90+1’ e aos 90+2’ marcou de calcanhar o golo que vale ao Benfica a qualificação para a Liga Europa e ele o direito a continuar a lutar para ser feliz de águia ao peito.

FLORENTINO (-)  —_Sem minutos em campo para acrescentar algo ao jogo.