Destaques do Benfica: Harry Potter magicou dois golos
Akturkoglu ofereceu dois golos (Grafislab)

BOAVISTA-BENFICA, 0-3 Destaques do Benfica: Harry Potter magicou dois golos

NACIONAL23.09.202423:16

Akturkoglu outra vez decisivo num triunfo encarnado, desta feita com papel generoso: duas assistências; Kokçu, Carreras e António Silva também sobressaíram na equipa benfiquista

O melhor em campo: Akturkoglu (7)

Poderia ter marcado logo ao minuto 7, mas Tomé Sousa defendeu, ao minuto 11, porém, desempenhou outro papel, perfurando a defesa boavisteira antes de oferecer o golo a Pavlidis. Jogada bonita e eficaz. A segunda assistência chegaria ao minuto 31, com passe simples que Kokçu transformou em golo. Ao minuto 39 voltou a assumir a finalização e errou por muito pouco, mas, como que por magia, o Harry Potter perderia a grande ocasião do jogo ao minuto 59, com chapéu mal executado quando poderia ter feito de tudo: chapéu bem feito, driblar guarda-redes, escolher um lado e disparar. Dava para tudo! Não se desmoralizou e ao minuto 63 apareceu em missão defensiva, como último homem do Benfica a neutralizar ataque rápido do Boavista. Saiu esgotado.

Trubin (5) — O guarda-redes do Benfica foi ao relvado para afastar bola disparada por Vukotic ao minuto 18. Foi a entrada ao serviço. Um mau passe ao minuto 26 rendeu ataque boavisteiro, mas, com alguma sorte, a bola disparada por Seba Pérez acabou nas mãos do ucraniano. De resto, controlou tranquilamente.

Tomás Araújo (6) — Esteve perto do golo no início da segunda parte, com bela cabeçada. Mesmo sendo central no papel de lateral, cumpriu bem a missão e não raras vezes foi visto a usar o drible junto à linha.

António Silva (7) — Exibição de bom nível, mesmo que a oposição tenha sido inferior ao esperado. Indiferente à qualidade, ou falta dela, dos adversários, fez cortes, fez dobras e, sobretudo, sobressaiu com a bola no pé. Pertence-lhe o passe longo que permitiu a Arthur Cabral fazer o 3-0.

Otamendi (6) — Na recarga a defesa de Tomé, após cabeçada de Tomás Araújo, logo no arranque da primeira parte, atirou perto da linha de golo a acertou na face do adolescente. Foi o ponto mais evidente de um jogo relativamente fácil.

Álvaro Carreras (7) — Trabalhou bem no lance do 1-0, entregando no momento certo a Akturkoglu, e fez muitas outras coisas boas durante toda a partida. Começa a notar-se o toque de bola e o drible fino e também está mais maduro, raramente cometendo erros.

Florentino (6) — Sempre em jogo, sempre disponível para receber e, muitas vezes, até para começar a construção do jogo da equipa. Soltou-se das amarras e não desprezou a capacidade de corte e a recuperação de bola, mandando claramente a meio-campo.

Aursnes (6) — Já não era titular há algum tempo e também tem de lidar com aquele problema de esperar-se sempre muito do seu jogo. Mais central do que era hábito com Roger Schmidt, perdeu no individualismo, mas não em termos de importância no coletivo, ajudando Florentino e Kokçu a fechar.

Di María (6) — O lance do primeiro golo nasceu no pé esquerdo do argentino... que fez um passe para o centro, em pleno meio-campo defensivo, algo que, nos livros do futebol, vem no capítulo das proibições. Teve sorte, a bola foi intercetada, mas não dominada, acabou do lado do Benfica, que dali construiu o 1-0. Foi também de uma tabela com um adversário que criou a sua oportunidade de golo no jogo, aos 54'. Antes de sair queixou-se, com razão, de ter sofrido falta na área axadrezada. Era penálti.

Kokçu (7) — Mal entendido com Akturkoglu ao minuto 3 (cada um deles terá pensado que o outro iria à bola... e a bola sobrou para a equipa do Boavista) poderia ter tido custos, mas Carreras foi acompanhando o contra-ataque do adversário, que acabou sem perigo. Num início de jogo complicado, também fez mau passe em plena área (24'), com a sorte de nada custar à equipa. Depois, então sim, começou a jogar e ao minuto 31 ofereceria a tranquilidade à equipa, com pontapé forte de fora da área. Foi o 2-0. Depois disso, jogo de bom nível e... desgaste.

Pavlidis (6) — Andava com sede de golo, resolveu o problema ao minuto 11, mesmo à ponta de lança. Cinco minutos depois acertou no poste, com tudo para fazer golo, mas Tomás Araújo estava adiantado quando fez o cruzamento. Estava com vontade e entrou para a segunda parte a ferver, disparando de longe. Sabe jogar, oferece linhas de passe, mas ainda lhe falta a mudança de velocidade.

Amdouni (5) — Entrou aos 71', para o lado esquerdo. Futebol intencional... sem remate ao ferro.

Barreiro (5) — Entrou aos 78', para refrescar o meio-campo.

Prestianni (5) — Entrou aos 78', sempre à procura da bola.

Arthur Cabral (6) — Entrou aos 88' e bem a tempo de deixar a sua marca no jogo. Belo golo, usando o corpo e a cabeça.

Kaboré (-) — Entrou aos 88', sem altos ou baixos.