Benfica-Santa Clara, 3-0 Destaques do Benfica: Golos estavam no banco, abraço e pazes feitas na Luz
Pavlidis bisou e calou algumas vozes descontentes. Di María assinou um golaço e festejou-o de braços abertos para os adeptos. António Silva teve par de falhas que lhe valeram chamadas de atenção de Lage
Melhor em campo: Pavlidis (nota 8)
Foi entrar, assisti e bisar! O avançado grego precisou de apenas 13 minutos para mudar a história do jogo e ajudar a colocar o Benfica na 'final four' da Taça da Liga. Lançado aos 67', quatro minutos depois foi à linha cruzar para Di María inaugurar o marcador, passados mais cinco assinou o 2-0: num lance em que Kokçu lançou Carreras na profundidade, que cruzou para cabeça do grego. Ainda não satisfeito, até porque as vozes de descontentamento quando à sua falta de golos têm-se ouvido, o atacante, 13 minutos depois de ter sido lançado no jogo, bisou. Desta feita, o cruzamento foi de Di María, para a área, com Otamendi a servir Pavlidis que, na cara do guarda-redes fez a bola passar pelo chamado canto da agulha. Foi muito aplaudido, as pazes entre o grego e os adeptos foram feitas na Luz.
TRUBIN (6) — Acabou por ter uma noite tranquila, mas sempre atento do primeiro ao último minuto. Aos 14’, num balão de António Silva, que valeu um canto aos açorianos, tinha a situação controlada; aos 63’, no chapéu de Gabriel Silva, ficou a meio caminho, mas a bola passou por cima da trave, e mesmo em cima do apito final, fez defesa fácil a remate de Gabriel Silva.
BAH (6) — Tomou conta do corredor direito, subiu muitas vezes ao encontro de Amdouni. Cabeceou, à entrada da área, mas sem criar perigo (7'), teve um bom cruzamento para o segundo poste, com Arthur Cabral a tentar chega de carrinho, mas o esforço foi em vão (61').
ANTÓNIO SILVA (5) — Voltou à titularidade em dia de aniversário (21 anos), mas com reparos por parte do treinador: um balão que podia ter corrido (muito) mal — deu canto para os açorianos — e logo de seguida deixou-se ultrapassar por Klinsmahn num lance em que Safira teve tudo para marcar. Acalmou e fez uma segunda parte tranquila e terminou com corte crucial a remate de Vinícius.
OTAMENDI (6) — A assistência para 3-0 — recebeu a bola de Di María e serviu na perfeição Pavlidis — foi o ponto alto de uma exibição sem sobressaltos.
CARRERAS (7) — O jogador do Benfica com mais minutos em campo (1089 em 13 jogos) teve bastante trabalho com Ricardinho, mas destacou-se ao dar início ao lance que valeu o primeiro golo e, depois, no segundo, rompeu pela esquerda e cruzou para Pavlidis.
RENATO SANCHES (5) — Muito marcado na primeira titularidade da época, sofreu algumas faltas que o chatearam. Um bom centro de livre (7') para a cabeça de Bah ao segundo poste; à meia-hora um passe longo a solicitar Aursnes; aos 37' boa combinação com Beste, ganhou canto.
AURSNES (6) — Quando Kokçu entrou para o seu lado, deu muita consistência ao meio-campo. À meia-hora foi solicitado por Renato, mas asse longo de Renato Sanches, mas a bola sai pela linha de fundo. Aos 47 caiu na área, mas nada foi assinalado.
AKTURKOGLU (5) — Não foi tão influente como o habitual, até esteve mais solto, a jogar nas costas de Arthur Cabral, mas em vésperas de Halloween não houve oportunidade para feitiços. aos 16', sobre a a esquerda, lançou Beste, mas sem perigo.
AMDOUNI (5) — Só teve olhos para a baliza, como no lance aos 39, em sobre a direita, levantou a bola para o segundo poste onde Beste apareceu a cabecear para enorme defesa de Gabriel Batista. Depois fletiu muito para o meio e deixou a direita órfã de criação.
BESTE (6) — Mão cheia de jogadas que levaram perigo à baliza dos insulares. O alemão esteve mostrou à-vontade para cruzar, ganhar a bola em zonas cruciais para lançar o ataque, e ainda rematou. Está em crescendo.
ARTHUR CABRAL (6) — Travou um duelo muito interessante com Gui Ramos e soube aproveitar as bolas que recebeu em profundidade nas costas da defensiva do Santa Clara, dando à sua equipa mais metros no terreno rumo à baliza. Par de remates perigosos.
KOKÇU (6) — Cumpriu 45 minutos, dando um boost ao miolo dos encarnados. Ricardinho ainda lhe fez uma maldade (71'), uma chapelada... Aos 76' fez passe de luxo para Carreras deixar a bola na cabeça de Pavlidis (2-0).
DI MARÍA (8) — É para apreciar cada jogada. Um passe de trivela, sprints a fazer inveja aos de 20 anos (tem 36), sempre a encontrar espaço para o remate e uma execução clamourosa a inaugurar o marcador, num renate à meia volta que levantou o estádio, que o argentino abraçou no festejo.
SCHJELDERUP (—) — Um remate, por cima, a passe de Arthur Cabral.
KABORÉ (—) — O lateral direito mal tocou na bola.