Destaques do Benfica - Coração de Neves e ideias de Neres com pouco eco
Neres em duelo no Marselha-Benfica (IMAGO / MAXPPP)

Marselha-Benfica, 1-0 (4-2 gp) Destaques do Benfica - Coração de Neves e ideias de Neres com pouco eco

NACIONAL19.04.202400:23

O melhor e pior da exibição dos jogadores dos encarnados no adeus à Liga Europa desta quinta-feira, em França, frente ao Marselha, na 2.ª mão dos quartos de final

O melhor do Benfica - David Neres (7)

Logo aos seis minutos o extremo brasileiro surgiu veloz na área do Marselha e rematou mas Pau López defendeu, aos 16’ deixou Rafa em boa posição, também na área francesa, mas o companheiro rematou por cima da trave de López. Neres foi quem melhor e mais vezes conseguiu dar largura ao ataque, profundidade e alguma criatividade que colocou Mbemba em sérias dificuldades e obrigou a defesa do Marselha a cuidados redobrados. O brasileiro conduziu vários contra-ataques perigosos e aos 58’ ofereceu mais um lance de golo, a Di María, que rematou com pouca convicção contra um defesa, e logo a seguir a Aurnes, que também desperdiçou a chance.

(7) TRUBIN — O guarda-redes ucraniano foi um dos principais responsáveis por o Benfica não ter sido eliminado ainda nos 90 minutos. Defendeu vários remates perigosos e mostrou-se quase sempre seguro, à exceção de um lance em que agarrou a bola e a soltou após chocar com António Silva, mas depois foi célere a reagir e evitou o golo de Kondogbia. No remate do golo de Moumbagna é que já era difícil fazer mais.

(6) BAH — Fez um jogo competente, batendo-se bem com a qualidade de Aubameyang e vários outros que lhe surgiram pela frente. Aos 69 minutos o lateral dinamarquês meteu-se oportunamente à frente do remate de Moumbagna, que ia direitinho para a baliza de Trubin. Ainda encontrou tempo para se envolver com qualidade no ataque da equipa.

(6) ANTÓNIO SILVA — Um dos melhores elementos dos encarnados, sempre muito concentrado e firme nos duelos pela primeira, segunda e por vezes terceiras bolas. Pelo ar ganhou praticamente tudo e junto à relva somou cortes determinantes, sobretudo na primeira parte e a travar incursões de Ndiaye. Porém, não evitou o cruzamento de Aubameyang para o golo do Marselha e falhou o penálti decisivo.

(7) OTAMENDI — Cometeu alguns deslizes que sobressaltaram os companheiros mas manteve-se um pilar, também ele, como António, a conseguir vários cortes importantes. Sentiu maior aperto quando passou a ter de lidar também com a presença na área de Moumbagna. Foi o primeiro a transmitir sinais à equipa de que era preciso defender mais à frente, mas nem sempre o levaram a sério.

(4) AURSNES — Ofensivamente mostrou bom entendimento com Neres e num desses lances ficou cara a cara com Pau López mas atirou ao lado da baliza. Defensivamente desde o início que se foi esquecendo de adversários nas costas e a falta de reação acabaria por lhe-ser fatal, a ele e à equipa, porque deixou Moumbagna antecipar-se para marcar de cabeça o golo dos franceses.

(6) JOÃO NEVES — Teve de ser mais vezes terceiro central ou segundo lateral do que médio mas nunca se negou ao esforço. Dobrou a equipa inteira e entregou sempre a bola com muito critério, embora tenha estado na posse dela menos tempo que o habitual.

(5) FLORENTINO — Roubou muitas bolas e esteve imparável na tentativa de preencher o meio-campo, mas raramente conseguiu fazer com que ela ficasse na posse da equipa. Importante para estancar o Marselha, mas faltou-lhe mais qualidade no passe para ajudar os companheiros a sair da pressão.

(3) DI MARÍA — Quase nunca conseguiu ganhar vantagem no flanco, cruzou pouco e mal. Também defendeu sem intensidade até com displicência, como quando, aos 24’, colocou a bola em Aubameyang à entrada da área do Benfica: o ponta de lança rematou por cima da trave. Melhorou depois do golo sofrido e obrigou Pau López a duas defesas dse recurso, mas até esses lances o argentino poderia ter definido melhor. Pior ainda: acertou no poste logo no primeiro penálti.

(4) RAFA — Foi dele o primeiro remate com perigo do Benfica, de trivela, por cima da trave, aos 16’; voltou a rematar com perigo já na parte final do jogo, mas pelo meio ficou uma exibição pouco intensa. O avançado não teve capacidade para causar desiquilíbrios e também pareceu tentar pouco.

(3) TENGSTEDT — Sempre atrás da bola, quase nunca com ela. Não conseguiu segurar de costas para a baliza nem correr na direção dela, apenas foi solidário numa pressão alta a que, ainda assim, faltou eficácia.

(6) JOÃO MÁRIO — Entrou bem, deu critério à saída de bola do Benfica e colocou Di María na cara do golo com grande cruzamento.

(6) KOKÇU — A zona central com ele e sem Rafa ganhou mais músculo, a equipa ficou mais forte a defender e conseguiu atacar melhor. Envolveu-se e rematou com muito perigo ao lado da baliza, já em período de compensação.

(5) ARTHUR CABRAL — Tentou marcar posição, ganhou algumas bolas em duelos intensos com os centrais. Aos 108’ rematou para golo mas Pau López esticou-se e fez uma boa defesa.