Benfica-Santa Clara, 3-0 Desbloquear o Santa Clara, a gestão de Di María e Pavlidis: tudo o que disse Bruno Lage

NACIONAL30.10.202423:37

Técnico do Benfica analisou a vitória sobre o Santa Clara, nos quartos de final da Taça da Liga, em conferência de imprensa

— De que forma é que o Benfica conseguiu desbloquear este jogo com o Santa Clara?

— Com jogo coletivo e a tentar desmontar o adversário. Tivemos uma entrada muito boa no jogo, aos dois minutos temos uma oportunidade muito clara de fazer golo, de seguida lembro-me perfeitamente da oportunidade do Arthur Cabral, houve mais uma ou outra oportunidade digna de registo. E depois, mais uma vez, fomos buscar ao banco jogadores com enorme talento e uma vontade de ajudarem no resultado. Fizemos também algumas alterações em termos de posicionamento, para criarmos dinâmicas diferentes nos corredores. Foi uma vitória justa e conseguimos chegar à final-four que era o que pretendíamos.

—  Pavlidis marca dois golos e faz uma assistência, foi a forma dele responder a algumas críticas que lhe têm sido feitas?

— Ele não tem de responder às críticas, tem é de dar o seu contributo à equipa. Hoje isso foi mais visível, soma mais dois golos e uma assistência, mas o contributo dele tem sido muito importante, os movimentos são fundamentais para desmontar uma linha de cinco e bem organizada como era a do Santa Clara. A jogar a cada três dias e com cinco substituições, é fundamental termos o contributo de todos. Estou feliz por ele, mas naquilo que são as missões específicas do ponta de lança, independentemente dos golos e das assistências, que são importantes, ele tem de continuar a ter o rendimento que eu quero nas outras questões.

Di María volta a fazer um grande golo e só entrou na 2.ª parte, pergunto-lhe se tem um plano específico para a gestão de um jogador que já tem 36 anos? 

— O mais importante é o rendimento dele. O Di María tem saído tal como outros jogadores e tem entrado tal como outros jogadores. Não há uma gestão particular por ser o Di María, há uma gestão coletiva que tem de ser feita.

Renato Sanches saiu ao intervalo por questões físicas?

— Não há nenhum problema físico, há sim a progressão em termos de minutos que nós temos de fazer com alguns jogadores. O Renato faz, pela primeira vez, 45 minutos comigo, teve um bom rendimento e nós sabíamos que tínhamos de fazer esse controlo com alguns jogadores.

— Voltando ao Pavlidis, que jogou com Arthur Cabral em campo, pergunto-lhe se esse sistema com dois avançados foi favorável ao grego?  

— Tentámos provocar dinâmicas, quer à direita, quer à esquerda, colocar mais um homem em cada corredor para desbloqueramos a linha de cinco, pôr um sexto homem para procurar o espaço entre os defesas. Eu percebo a questão do sistema, mas o Pavlidis foi praticamente ocupar a posição do Akturkoglu. Mas é o que eu tenho dito sempre, acho que o Amdouni também pode desempenhar esse papel na frente. São jogadores de características diferentes, um mais de área, cabeceador, outro com maior mobilidade e outro muito forte a atacar o espaço na profundidade. Gosto de ter três avançados assim, depois vou gerindo com aquilo que eu acho que é o momento de cada jogo.

— O Benfica não conquista a Taça da Liga desde 2016, que importância atribui a essa conquista e coloca-a ao mesmo nível da Liga e da Taça de Portugal?

— É algo muito importante para nós, nas duas questões.