De adjunto a principal no FC Porto: Vítor Bruno praticamente imune a dois desaires seguidos na Liga
Treinador dos azuis e brancos pretenderá que a sua equipa reaja com firmeza ao desaire frente ao Sporting. (Foto: IMAGO)

De adjunto a principal no FC Porto: Vítor Bruno praticamente imune a dois desaires seguidos na Liga

NACIONAL14.09.202409:15

Nas sete épocas anteriores, só por uma vez o técnico viu os dragões serem derrotados duas vezes consecutivas para o Campeonato; prevê-se reação imediata com o Farense

A história é a história e os factos são factos. E, pese embora esteja hoje numa posição diferente, a de treinador principal, a verdade é que Vítor Bruno pode olhar para trás e orgulhar-se de, durante as sete temporadas em que foi adjunto de Sérgio Conceição, apenas por uma vez ter visto o FC Porto perder duas vezes consecutivas para a Liga.

Mais: durante as já referidas sete épocas, apenas em quatro ocasiões os dragões sofreram dois desaires seguidos. Mas em três esses momentos esses dissabores aconteceram em competições distintas.

Centremo-nos, pois, nos registos que jamais poderão ser apagados. Nos dois primeiros anos em que Vítor Bruno esteve de dragão ao peito (2017/2018 e 2018/2019), os azuis e brancos nem tão pouco perderam duas vezes consecutivas. Houve sempre uma reação pronta a um resultado negativo e sempre com… vitória. Nessas mesmas duas épocas, o FC Porto somou seis derrotas em cada uma delas. Mas sempre que caiu, levantou-se com imponência: vencendo o jogo seguinte.

A primeira vez que os portistas perderam dois jogos de forma consecutiva foi em 2019/2020: 1-2 com o Gil Vicente, na 1.ª jornada da Liga, e 2-3 com o Krasnodar, na 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Seguiu-se uma goleada ao Vitória de Setúbal (4-0), para o Campeonato.

Já nas épocas 2020/2021 e 2021/2022, nova folha branca neste capítulo: o FC Porto não sofreu a segunda derrota. Depois de um desaire, ganhou ou empatou.

E um duplo dissabor só voltou a acontecer mais três vezes durante o largo período em que o agora chefe de equipa era adjunto. Em 2022/2023, os dragões cederam diante do Inter de Milão (0-1), na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, e perante o Gil Vicente (1-2), na 22.ª jornada da Liga. A reação surgiu frente ao Chaves (3-1). O mesmo cenário aconteceu já na época passada, com as derrotas frente a Benfica (0-1), na 7.ª jornada da Liga, e Barcelona (0-1), na fase de grupos da Champions. Estávamos a 29 de setembro e a 4 de outubro de 2023, respetivamente. Depois disso, o feito (então inédito para a Liga) repetiu-se nas rondas 27 e 28, frente a Estoril (0-1) e Vitória de Guimarães (1-2).

Significa isto que, e à imagem do que, de resto, tem acontecido em grande parte da vida do clube, o FC Porto não é equipa de se deixar vergar com facilidade e que, além disso, tem na sua génese uma forte reação aos momentos menos positivos. É algo que corre nas veias dos dragões.

Perante o exposto, e recordando que os azuis e brancos vêm de uma derrota para o Campeonato – 0-2 no clássico frente ao Sporting, em partida da 4.ª jornada da Liga realizada no passado dia 31 de agosto -, todos os indicadores deixam antever uma resposta imediata do conjunto (agora) orientado por Vítor Bruno na receção ao Farense. Será, prevê-se, um dragão a cuspir fogo no duelo com os leões… de Faro. Que, como se diz na gíria futebolística, deverão ser convidados a pagar a fatura…