Daniel Sousa: «Faltou algum acerto, não só em termos de finalização»
Treinador dos guerreiros reconheceu a má primeira parte da sua equipa, mas também salientou a boa resposta no segundo tempo; técnico mantém a confiança para a partida da segunda mão e para avançar na eliminatória; explicou opção por Roberto Fernández
Daniel Sousa fez a análise ao nulo registado na receção ao Servette, na primeira mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, referindo que a sua equipa não fez a melhor primeira parte, mas que podia ter chegado à vantagem no segundo tempo, principalmente, nos minutos finais do encontro. O treinador, de 39 anos, deu confiança aos jogadores e também aos adeptos, pois foi claro em assumir que está confiante para a segunda mão e para o apuramento para a próxima fase, o playoff.
Empatado para a segunda mão, o que faltou para seguir em vantagem?
- Faltou algum acerto, não só em termos de finalização. Mas, principalmente na primeira parte, falta de acerto no passe, na afinação e definição. Algumas perdas que levaram a contra-ataques, pois o Servette saiu bem e rápido. Na segunda parte foi de domínio e de controlo, na qual apenas ficou mesmo a faltar o golo.
Equipa intranquila, com erros, por isso que mensagem passou aos jogadores, pois melhorou na segunda parte?
- A mensagem que passo continuamente é que estamos todos juntos. Temos de estar, também em campo, muito próximos. Como referi na antevisão, o adversário é forte e se não estivéssemos compactos podiam criar perigo. No meio da segunda parte e final estivemos, francamente, bem. Não entramos assim tão mal, pois estivemos concentrados, ao tirar foras-de-jogo. Eles trabalharam bem e com transições criaram dificuldades. Quando se tem menos bola, a equipa perde confiança e por outro lado os adversários ganham confiança e complicam o nosso trabalho.
Uma entra apática que se justifica pela diferença de ritmo competitivo? Também pedia que abordasse a exibição de Zalazar?
- Já tive oportunidade de ver os 15 minutos iniciais, realço que tivemos mais bola, mas isso não faz com que sejamos melhores que o adversário. Tivemos tentativas de passe que foram bloqueadas pelos oponentes que saíram logo para o ataque. Não conseguimos reagir àquilo que estava a ser o trabalho do adversário. Muito feliz com o trabalho do Zalazar, os erros também partem da exibição coletiva e é isso que temos de analisar.
Pode explicar a opção por Roberto Fernández, em detrimento de El Ouazzani?
- Não foi uma questão de performance, pois estamos contentes. Trata-se de perceber se temos todos disponíveis, pois vamos entrar num ciclo de jogos de três em três dias. Temos de dar minutos, para nós observarmos e também para os jogadores sentirem que fazem parte. Foi o primeiro jogo de início e esteve bem.
Resultado altera a perspetiva para a segunda mão?
- Sabíamos da qualidade do adversário e das dificuldades que podiam criar, pois foi assim que vieram cá. Temos de perceber como contrariar e partimos para a pressão alta e eles acabaram por sair bem. O extremo procurou bem os espaços e beneficiou de algumas situações. A equipa do Servette já se conhece há muito tempo e mesmo nas segundas bolas, os jogadores sabem onde têm de estar. Isso é tempo e trabalho. Estamos no intervalo e seguramente que vamos fazer um jogo, como fizemos na segunda parte.