Treinador dos guerreiros puxa dos galões para o confronto com os suíços do Servette; reconhece que é um adversário complicado, mas pretende vencer ambos os jogos; técnico admite que falhar a fase regular da Liga Europa é um falhanço
Daniel Sousa, treinador do SC Braga, fez a antevisão ao encontro desta quinta-feira, frente ao Servette, para a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa e referiu que o clube tem a obrigação de ganhar, até porque tem todas as condições necessárias para realizar um trabalho diário de excelência. O técnico, de 39 anos, ainda admitiu que seria um insucesso se a equipa não conseguir entrar na fase regular da competição e também destacou a gestão que vai ter fazer, pois já começam a ser demasiados jogos seguidos para os bracarenses.
Que adversário espera?
- O Servette tem histórico na Suíça, tem feito bons campeonatos, lutou pelo título até às últimas jornadas, tem crescido internamente, é uma equipa experiente, com rotinas. Tudo isso faz com que haja coisas difíceis de contrariar. Jogar primeiro em casa ou fora… Temos de ganhar os jogos todos, sabendo que temos de vencer o jogo de amanhã, seja qual for o adversário. Eliminatória a duas mãos e levar um resultado positivo para a segunda-mão é sempre importante.
Que qualidades identifica neste Servette?
- Tem qualidade no meio-campo, jogadores experientes, distintos, internacionais dos seus países, atacam bem os espaços, tem jogadores rápidos e tem uma mobilidade no meio-campo, que permite ter a bola ou sair forte para o contra-ataque e, de bola parada, tem situações que estão bem trabalhadas. Há um conjunto de rotinas que já vêm de trás.Temos de estar muito concentrados para vencer.
Conta com Banza? Pode esclarecer a situação do jogador?
- A indicação que tenho do presidente é que não chegou uma proposta aceitável para o padrão que tenha atingido o exigido. É um jogador extraordinário, conto com ele, tem qualidades mais do que comprovadas e conto com ele enquanto cá estiver.
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Campeonato começa já no domingo. Pondera uma gestão diferente, pois a cadência de jogos vai começar a complicar?
- É uma questão à qual estamos atentos. Pela quantidade de jogos, temos de fazer uma gestão desde já, pois a quantidade de jogos que podemos vir a ter é, de facto, elevada. Até dezembro podemos ter um número de jogos incrivelmente alto. Isso leva a uma gestão e claro que isso comporta algumas condicionantes. Jogar quinta/domingo e, correndo bem as coisas como queremos, vai ser assim até final do ano.
Trata-se de uma etapa mais difícil, tendo em conta a valia do adversário?
- É uma etapa não diria mais difícil, mas diferente. Também havia insegurança no primeiro jogo, mas o adversário agora tem outra qualidade individual e é, por isso, uma etapa mais difícil. Sabemos das nossas qualidades e vamos usá-las a nosso favor. Temos de estar compactos e saber que o Servette nos vai colocar dificuldades.
Não seguir na Liga Europa será um objetivo falhado?
- De certa forma, sim. Estamos obrigados a ganhar, seja este ou no domingo. Está inerente a este clube, até nas infraestruturas que nos oferecem para chegar a objetivos grandes.
Como prefere encarar os jogos, dando prioridade ao ataque ou a não sofrer?
- Temos de marcar mais do que sofrer. A eficácia é sempre melhor, porque temos de fazer mais golos para ganhar. Se pegarmos nestes dois últimos jogos sabemos que temos de melhorar. É um caminho longo, mas será sempre um tema marcar ou sofrer. Não sofrer terá de ser uma situação normal e não um foco.
Ainda necessita de reforços ou como vai encarar este último mês do mercado de transferências?
- Precisamos continuar a trabalhar, porque há coisas a melhorar. O mercado está aberto e, se houver saídas, temos de analisar e temos de ver se o que temos é suficiente, numa época que vai ser longa. Vamos precisar de toda a gente e por isso é importante que todos os jogadores estejam prontos a jogar.