Daniel Sousa: «Eliminatória na mão? Não! Isso é muito perigoso...»
Treinador dos arsenalistas satisfeito com a exibição e o triunfo da primeira mão, mas sempre em alerta máximo. (Foto: SC Braga)

Daniel Sousa: «Eliminatória na mão? Não! Isso é muito perigoso...»

NACIONAL31.07.202412:50

Técnico arsenalista deixa bem claro os alertas que passou aos jogadores: vantagem da primeira mão (2-0) não é sinónimo de apuramento garantido; foco em manter os níveis de intensidade e continuar o processo de evolução; André Horta e Simon Banza continuam a ser jogadores do plantel, até... «caso em contrário»

O SC Braga está numa situação confortável para seguir para a 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, uma vez que derrotou o Maccabi Petah Tivka no jogo da primeira mão, por 2-0, mas esse resultado foi apenas o corolário do que os arsenalistas fizeram... nesse jogo. Daniel Sousa não dá nada como garantido e quer uma equipa de alta intensidade no duelo de amanhã.

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Na antevisão à partida desta quinta-feira, que será realizada em Sófia (Bulgária) e não em Israel, Daniel Sousa salientou que o jogo foi preparado exatamente da mesma forma, ou seja, com total rigor e seriedade. Porque os minhotos quererem evitar surpresas e, além disso, também desejam manter a sua curva ascendente.

«Pedi exatamente o mesmo que tinha pedido para o primeiro jogo. Para que tenhamos um grande respeito pelo adversário, como por todos, e para não desvalorizemos o desconhecimento geral que possa haver do adversário. Partirmos como favoritos é pouco relevante e até perigoso. Já sabemos que o futebol está cheio de surpresas. Essa parte do favoritismo não é, sequer, chamada à conversa quando falamos de qualquer adversário que seja. Partimos para este jogo com uma ambição muito grande, queremos fazer bem as coisas e continuar o nosso processo. Sabemos que os jogos servem também para ajustar comportamentos que temos continuamente de melhorar e precisamos sempre de jogos para continuarmos a melhorar. Eliminatória na mão? Não! Isso é muito perigoso, como vocês devem imaginar e como é normal dizer-se. Não se pode dar nada como garantido no futebol e por vezes há surpresas às quais não queremos estar minimamente expostos. Obviamente que temos uma vantagem, mas que não nos dá o conforto, dá-nos apenas a certeza de que o que fizemos no primeiro jogo foi bom. Claro que há coisas para melhorar e temos de continuar esse processo com a confiança de estarmos no caminho certo», analisou.

O facto de o jogo ser, para em campo neutro, também mereceu uma reflexão por parte do técnico: «Obviamente que é diferente. Se estivéssemos na situação do adversário, jogar em Braga ou noutro estádio não seria a mesma coisa. Mas o comportamento dos jogadores em campo não muda, sendo certo que é sempre bom para qualquer jogador pode jogar num estádio cheio. Numa situação inversa, eu pediria aos meus jogadores para terem o mesmo compromisso e a mesma atitude.»

Relativamente ao que espera encontrar do adversário, nomeadamente ao nível estratégico, Daniel Sousa demonstrou estar preparado para algumas nuances que os israelitas possam apresentar.»

«O Maccabi pode ter uma abordagem diferente e isso, só por si, pode causar algumas diferenças relativamente ao primeiro jogo. Recordo que o Maccabi, no jogo da Supertaça, tinha jogado com dois médios e três avançados, e contra nós jogaram só com dois avançados. Logo por aí podemos ver que tiveram alterações do primeiro para o segundo jogo oficial. E poderá haver novamente amanhã, tendo em conta que poderão ter de correr mais riscos. Acredito que tenham tido essas alterações estratégicas porque jogaram fora de casa e porque tentaram uma abordagem de tentar travar um pouco a nossa intensidade. E até tiveram algum sucesso nessa estratégia e atrasaram o nosso primeiro golo, que surgiu apenas na segunda parte», assumiu.

Recorde-se que, caso siga em frente na prova, o SC Braga já sabe que na 3.ª pré-eliminatória irá ter pela frente o Servette (Suíça). E caso consigam eliminar, também, o conjunto helvético, então os minhotos ainda terão de disputar um play-off de aceso à fase de grupos da Liga Europa.

André Horta e Simon Banza

O mercado de transferências, já se sabe, domina grande parte das atenções durante este período do defeso e o SC Braga tem alguns jogadores na berlinda para poderem rumar a outras paragens nos próximos dias.

André Horta e Simon Banza são dois casos paradigmáticos disso mesmo e tanto o médio português como o ponta de lança franco-congolês somam bastantes interessados noutros campeonatos. Horta está a um pequeno passo do Olympiakos (Grécia), Banza é um sonho do Marselha (França) - e não só...

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Instado a pronunciar-se sobre estes dois casos, na conferência de Imprensa realizada ao final da manhã desta quinta-feira, Daniel Sousa foi... pragmático.

«Já sabemos como funciona o mercado. Para todos os efeitos, são jogadores que fazem parte do plantel e com quem contamos até caso em contrário. André Horta? Não se trata de impor-se ou não como titular absoluto. Todos conhecemos as qualidades que tem, nomeadamente na leitura e na capacidade de organizar o jogo, e obviamente que qualquer treinador gosta de contar com as suas qualidades. As situações de mercado são imprevisíveis, mas, a partir do início da pré-época, ele está no plantel como os outros e parte em pé de igualdade», salientou o treinador dos bracarenses.