Lateral, uma das estrelas de Espanha, canta uma música sobre si próprio: «Cucurella come uma paella/Cucurella bebe Estrella, Haaland treme que chega Cucurella» (djsammyto'/Instagram)
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Cucurella e o filho autista: «Víamos que não estava bem e não sabíamos como ajudá-lo»

Lateral-esquerdo do Chelsea revela que Mateo, 6 anos, foi diagnosticado com autismo quando a família se mudou para Londres

Marc Cucurella, defesa do Chelsea, falou da vida em Londres, no canal de YouTube La media inglesa, incluindo o modo como a família lidou com o diagnóstico de autismo do filho mais velho, Mateo, 6 anos.

«É difícil. Afinal de contas, ninguém nos ensina a ser pais. O que vês, fazes. Mas quando tens uma criança autista e vês que não compreende as coisas como os irmãos, tens de aprender outras coisas... aprender a compreendê-la. É difícil. Quando viemos para cá e ele ia para as escolas normais não estava bem, estava muito confuso. Era pequeno, mas não estava feliz e isso afeta muito... Não se adaptava, estava sempre a chorar. Ficava duas ou três horas e não gostava, tínhamos de ir buscá-lo. Isso também afeta muito: vês que o teu filho não está bem e não sabes como ajudá-lo», contou.

«Em Brighton ele ainda era pequeno. O médico não nos disse o que ele tinha, ainda era muito novo para saber», lembrou o campeão europeu por Espanha, acrescentando que o diagnóstico só surgiu em Londres: «Ele não se adaptou e chorava a toda a hora. Víamos que não estava bem e não sabíamos como ajudá-lo. Eu e a minha mulher compreendemo-lo facilmente, mas se o deixasse aqui, não o compreenderiam, embora ele se faça compreender.»

O internacional espanhol recordou depois o momento em que começaram a lidar melhor com a situação: «Não estávamos a encontrar uma maneira de ajudá-lo até que encontrámos outra escola em Londres e melhorámos muito. Lá ajudam-nos, temos conversas, aprendemos a lidar com ele e a compreendê-lo. Ele faz-se entender, mas precisas de conhecê-lo.»

O lateral-esquerdo admitiu que, apesar das dificuldades, os sucessos são muito mais valorizados. «Tem a sua parte negativa: tudo custa mais, tudo é mais difícil. Mas também tem a parte boa: quando consegues algo, um simples avanço, dá muito mais satisfação», notou.