Claques do Sporting notificadas para deixar Alvalade
Claques já foram notificadas com ordens de despejo (SÉRGIO MIGUEL SANTOS)

Claques do Sporting notificadas para deixar Alvalade

NACIONAL29.07.202418:13

As claques afetas aos leões, nomeadamente a Torcida Verde e Juventude Leonina, foram notificadas para deixarem as suas sedes em Alvalade até ao próximo dia 14

A Juventude Leonina e Torcida Verde, duas claques ligadas aos leões, foram ontem informadas pelo Sporting de que devem desocupar os espaços que ocupam em Alvalade até dia 14. Uma comunicação que surge ne sequência de uma notificação da Câmara Municipal de Lisboa, justificando que aquela zona, situada na escadaria que dá acesso ao estádio, será intervencionada, no âmbito do empreendimento 'Campo Novo'.

As obras de perfuração e escavação na Rua Professor Moniz Pereira, onde as sedes das referidas claques se encontram instaladas, obrigam, assim, à desocupação imediata e os leões, a pedido da autarquia, passou essa informação às duas claques, tendo alertado, também, que em caso de incumprimento a CML pode agir coercivamente, através de meios legais. De resto, convém lembrar, que os leões cederam aquele espaço, temporariamente, ao abrigo do protocolo celebrado com as claques, que ao dia de hoje já não se encontra em vigor.

Uma situação que provocou uma onda de reações nas redes sociais, a começar por António Cebola, vice-presidente da Juve Leo.

«Somos campeões, as claques não tem protocolo e seja onde for o apoio é incrível sempre pelo Sporting. Uma época brilhante a começar para ganharmos o bicampeonato e amanhã infelizmente a direção do lema união cria o caos no universo leonino. Tenham vergonha», escreveu no X.

Sede das claques leoninas têm de ser desocupadas no imediato (SÉRGIO MIGUEL SANTOS)

Processo a decorrer nos tribunais

Recorde-se que o Sporting avançou, em 2020, uma ação judicial contra o Directivo Ultras XXI (DUXXI) e a Juventude Leonina (Juve Leo), um processo que tinha como objetivo a saída dos dois grupos organizados de adeptos das sedes ocupadas por ambas, anexas ao Estádio José Alvalade, uma vez que a administração entende que o clube não pode, por imperativos legais, ceder espaço físico a grupos organizados de adeptos (GOA) que não estejam legalizados. Por decisão do tribunal foi decidido separar este litigio e os processos serão resolvidos de forma isolada.