Chave de ouro a fechar ano imaculado nos Arcos (crónica)
Rio Ave voltou às vitórias (MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA)

Rio Ave-Nacional, 2-1 Chave de ouro a fechar ano imaculado nos Arcos (crónica)

NACIONAL29.12.202417:45

Vila-condenses terminam 2024 com um triunfo caseiro, perante um Nacional que continua sem conhecer o sabor das vitórias no continente. Três golos com origem em três erros

Se, por um lado, a invencibilidade caseira do Rio Ave estava à prova no último duelo do ano no Estádio dos Arcos, a equipa do Nacional queria quebrar a ‘malapata’ dos jogos fora da Madeira, procurando vencer pela primeira vez esta temporada na condição de visitante.

Nesse sentido, a turma de Tiago Margarido entrou determinada no encontro, somando algumas aproximações à baliza defendida por Miszta nos minutos iniciais, apesar do equilíbrio patente no desafio.

Depois de uma primeira ameaça com real perigo, ainda antes do primeiro quarto de hora, pelos pés de Clayton, foi mesmo o emblema da caravela a inaugurar o marcador perante os seus adeptos.

O mesmo Clayton estava no sítio certo no meio da confusão, após um canto cobrado por Brandon Aguilera do lado direito, e encostou para o fundo da baliza dos insulares, depois de uma série de ressaltos. Lucas França não conseguiu agarrar o esférico e o avançado agradeceu a ‘oferta’. Momento emotivo nas celebrações, com o brasileiro a erguer uma camisola com o nome de Vítor Gomes, que perdeu o pai na época natalícia.

Não tardou a chegar a resposta madeirense. Oito minutos depois, chegou o momento da tarde em Vila do Conde. Bruno Costa desferiu uma ‘bomba’ com o pé direito, do meio da rua, e bateu Miszta, que bem se esticou, mas não teve qualquer hipótese. Tudo começou numa perda de bola de Patrick William.

Até ao intervalo o marcador não sofreu alterações, apesar de um par de tentativas perigosas dos vila-condenses.

Na etapa complementar, a toada de equilíbrio entre os dois conjuntos durou pouco tempo. Perto da hora de jogo, os rio-avistas colocaram prego a fundo no acelerador em busca do golo da vitória, dando muito trabalho ao recém-entrado Rui Encarnação. Petit, que assistiu ao jogo da bancada por ter sido expulso na ronda anterior, procurou dar mais capacidade de desequilíbrio à equipa com a entrada de Tiago Morais, como agitador no corredor esquerdo.

Quando os vila-condenses já desesperavam dada a sucessão de oportunidades flagrantes, eis que Bruno Costa desviou a bola com o braço dentro da área, após canto para a equipa da casa. Luís Godinho, o VAR, alertou Gonçalo Neves para a infração e o juiz apontou para a marca dos 11 metros, depois de ver as imagens.

Clayton não tremeu e devolveu a vantagem aos homens de Vila do Conde, guardada a sete chaves até ao apito final, apesar da tentativa de resposta tardia dos insulares.

Os rio-avistas terminam o ano como começaram nos Arcos: a vencer. O emblema da caravela não perdeu qualquer jogo em casa em 2024.