César Peixoto: «Parece que estamos numa ditadura e não se pode dizer nada»
César Peixoto foi expulso aos 90+4' por protestos (LUSA)

César Peixoto: «Parece que estamos numa ditadura e não se pode dizer nada»

NACIONAL15:07

Ausente na receção ao Santa Clara, a cumprir castigo, o treinador do Moreirense reconheceu que se excedeu nos protestos para com o árbitro Miguel Fonseca após o cartão vermelho no duelo com o Estrela da Amadora

César Peixoto, treinador do Moreirense, diz-se preparado para um «jogo difícil» com o Santa Clara e que vai ser «resolvido nos detalhes». A equipa açoriana está a fazer um bom início de campeonato, ocupando o quarto lugar da tabela.

«O Santa Clara começou muito bem o campeonato. É uma equipa com mérito nos pontos feitos, mas em casa temos sido fortes. Não estamos na melhor fase, mas eles vão ter uma equipa difícil pela frente. Penso que vai ser um jogo muito competitivo, em que as equipas se vão tentar anular, a ser resolvido nos detalhes», disse o técnico dos cónegos, em conferência de imprensa de antevisão da partida da oitava jornada, agendada para este sábado (15h30), em Moreira de Cónegos.

O Moreirense, oitavo classificado, chega a esta partida após uma sequência de cinco jogos sem vencer - somando três derrotas e dois empates - César Peixoto reconhece que os seus jogadores precisam de entrar mais concentrados.

«Nos últimos dois jogos fora não estivemos bem. Contra o Casa Pia [derrota por 1-3] fizemos uma boa primeira parte, mas depois caímos no segundo tempo. Entramos em falso contra o Estrela da Amadora [derrota por 1-2], o que condicionou toda a partida. Tudo por culpa nossa, porque acabamos por oferecer os dois golos. Temos sido competitivos à exceção desses momentos nesses dois jogos. Temos sido mais fortes em casa do que fora, mas trabalhamos com o intuito de sermos sempre mais fortes».

César Peixoto reconheceu também que será «uma contrariedade grande» estar ausente no banco, uma vez que os jogadores não terão a «figura do treinador principal», referindo-se à suspensão de oito dias aplicada na sequência de declarações proferidas após o jogo com o Benfica (1-1), em 30 de agosto, e ao castigo de um jogo pela expulsão frente ao Estrela, no fim de semana passado.

«Os jogadores sabem, no entanto, o que têm de fazer para tentar vencer o Santa Clara. Vamos fazer um bom jogo. Não sei o que posso falar sobre isso [castigo]. Parece que estamos numa ditadura e não se pode dizer nada. Contra o Benfica foi por palavras na flash, em que não disse mentira nenhuma, este [com o Estrela da Amadora] foi por um lance que o VAR reverteu... não disse nada de especial. Depois perdi a cabeça quando vi o vermelho. Não me revejo na minha atitude, na minha carreira de treinador e enquanto jogador nunca fui conflituoso. Foi um jogo muito quente. Deixei-me levar pelo ambiente, mas não faltei ao respeito a ninguém até ao momento em que vi o cartão vermelho».