Treinador destacou o domínio do Moreirense frente ao Farense, lamentando a falta de eficácia na finalização. Peixoto considerou a exibição sólida e apontou a ansiedade nos minutos finais como um fator que complicou a conquista dos três pontos
César Peixoto mostrou-se insatisfeito com o resultado, apesar de elogiar a exibição da equipa. O técnico destacou, em conferência de imprensa, o domínio do Moreirense ao longo dos 90 minutos e lamentou as dificuldades em superar a organização defensiva do Farense.
«Foram noventa minutos de domínio da nossa equipa. É sempre difícil jogar frente a equipas como esta, um Farense que veio aqui para defender e levar o ponto. Faltou-nos decidir melhor. Tivemos um golo anulado na segunda parte e a situação do penálti. Criámos algumas oportunidades, somámos 14 remates contra nenhum do adversário, tivemos mais posse de bola, mas é muito complicado jogar contra equipas tão fechadas. Fizemos um grande jogo, não permitimos nada ao adversário, mas faltou-nos o golo. Não conseguimos os três pontos, mas somámos um para o nosso objetivo, ainda que não fosse o que queríamos.»
Questionado sobre a quebra de ligação no jogo nos minutos finais, Peixoto reconheceu alguma ansiedade da equipa.
«Na parte final tentámos ser mais diretos, perdendo um pouco da paciência. Com os minutos a passar, quisemos chegar rápido à área adversária, mas faltou ligação para levar mais jogadores e chegar com calma. Quando jogávamos com paciência, dávamos tempo ao Farense para se reorganizar. É natural que, sentindo que fomos melhores, a ansiedade tenha surgido. Fizemos um grande jogo, reagimos bem, mas faltou o golo. Se o tivéssemos conseguido, estaríamos a falar de uma vitória num jogo completo do Moreirense, que jogou como uma equipa grande. Fomos justos vencedores em termos de produção, pena o resultado.»
Num jogo marcado por poucas oportunidades e intervenções decisivas do VAR, Moreirense e Farense não conseguiram marcar. Um golo anulado e a reversão de um penálti destacaram-se num duelo equilibrado, onde a eficácia ofensiva esteve longe do desejado
Sobre a contestação dos adeptos e o balanço da primeira volta, Peixoto minimizou os protestos e reforçou os aspetos positivos da campanha.
«É natural que os adeptos fiquem descontentes quando não ganhamos, mas o que importa é o que fazemos em campo. Fomos melhores em Barcelos e hoje fomos muito superiores. O nosso objetivo é a manutenção, e estamos dentro desse objetivo. Não tivemos sobressaltos, embora alguns erros individuais nos tenham penalizado. Podíamos ter mais pontos, mas o mais positivo é a organização, o trabalho e a dedicação dos jogadores. Tivemos uma primeira volta boa e acreditamos que, com muito trabalho, podemos fazer uma segunda volta ao mesmo nível ou melhor.»