Técnico estorilista considera que a eliminação da Taça de Portugal já foi ultrapassada pelo plantel; diz entender a contestação que o rodeia e reconhece que qualquer dia «pode ser o último» para um treinador
A receção ao Arouca, marcada para este sábado, é encarada com vital importância pelo Estoril, que atravessa uma crise de resultados – apenas venceu um dos nove encontros que disputou, sendo que no último foi afastado da Taça de Portugal por um adversário de escalão inferior, como o Lusitano de Évora. Ian Cathro exige, por isso, reação à altura.
«O impacto tem de vir logo depois do jogo e no dia a seguir ao jogo. Temos de ser homenzinhos para saber lidar com esses momentos e ir para a frente com uma boa semana de trabalho, a preparar este jogo. Por isso, digo que já não tem impacto», declarou o técnico estorilista, ciente da contestação que tem tido em seu redor e que admitiu compreender.
«Entendo. Acho que todos nós nos sentimos insatisfeitos com estes resultados, não há dúvida nenhuma. Já tinha falado sobre isso, de que o futebol é viver o momento e acho que vivemos muito assim, pelos resultados que estão à frente da nossa cara, e esquecemos o passado. É algo que entendo completamente e nós sabemos disso mais que ninguém, mas temos responsabilidade e eu tenho de garantir a nossa estabilidade», assumiu.
21 outubro 2024, 15:51
Apesar do surpreendente desaire na Taça de Portugal frente ao secundário Lusitano de Évora, escocês deverá escapar à demissão, pelo menos para já; partida agendada para este sábado deverá proporcionar-lhe uma última oportunidade de vencer ou, em princípio, sair
O técnico reconheceu ainda que, à luz dos escassos resultados obtidos, poderá mesmo ter o lugar em risco. «Alguém que quer ser treinador de futebol, tem de aceitar o dia que começa e também que este mesmo dia pode ser o último. É um pouco difícil para as pessoas que não estão dentro desta realidade, mas esta história pode ser falada todos os dias. Eu não vivo assim, não sinto nada disso, mas quem entra nesta vida tem de aceitar essa realidade», observou o britânico.
Apesar do momento complicado que o Estoril atravessa, o emblema da Linha de Cascais apresenta mais um ponto somado que no mesmo período da época passada – soma seis pontos, quando em 23/24 apenas contava quatro à 9.ª jornada. Ainda assim, Ian Cathro não deu grande importância a esse facto. «A nível de olhar para os pontos, para mim é o que devemos fazer no fim. É normal fazer uma comparação entre esta época com as anteriores», constatou.
«Sinceramente não vejo as coisas assim, estamos num momento em que estamos todos insatisfeitos com os resultados, queríamos ter muito mais pontos e não os temos. Sabemos dessa realidade e queremos ir para a frente, com a vitória. Para o fazer é preciso ter estabilidade no nosso trabalho, o foco completo e continuar a trabalhar como o temos vindo a fazer», estimou o escocês, determinado em melhorar o rendimento da equipa.
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