Casemiro pede mais tempo de jogo a Amorim e elogia Cristiano Ronaldo

Desde que Ruben Amorim chegou ao Manchester United que Casemiro tem sido apontado à saída do clube, mas o próprio revelou que a sua intenção é terminar o contrato, que expira daqui a junho de 2026, e pediu mais tempo de jogo ao seu treinador.

O brasileiro foi titular na derrota em casa do Tottenham (0-1), mas também por causa da onda de lesões que tem afetado a equipa do técnico português. No entanto, o próprio espera conseguir manter-se no onze inicial nos próximos jogos.

«Tenho de continuar a fazer o que estou a fazer, com muito respeito e educação. Claro que gostaria de jogar mais, claro. Não conheço nenhum futebolista que não queira jogar e ajudar. Além disso, gostaria de ajudar o clube neste momento. Encaro as coisas com respeito pelos meus companheiros de equipa e pela equipa técnica. E, acima de tudo, respeito o United, um clube a que estou muito grato», começou por dizer, em entrevista ao Diario As.

«Ainda tenho um ano e meio de contrato e gostaria de o terminar aqui em Manchester. Sinto-me bem aqui e a minha família também. Eles adaptaram-se, falamos inglês. Estou muito grato aos adeptos de Old Trafford e ao clube. Estou feliz no clube. Feliz no banco? Claro que não. Isso é outra coisa», explicou, recordando o Real Madrid e Cristiano Ronaldo.

«É difícil de explicar. Messi foi um dos melhores jogadores da história, mas tivemos outro, Cristiano Ronaldo. O que ambos fizeram é irrepetível. Na minha geração, os melhores foram Cristiano, Messi... e eu acrescentaria Neymar um pouco atrás deles. Colocá-lo-ia no pódio, mas Cristiano e Messi fizeram muito pelo futebol e mudaram-no. Tal como Guardiola mudou o futebol com a tática, estes dois também o mudaram. 50 golos por época e parecia normal. Estes dois jogadores ficarão na nossa memória», garantiu, acreditando que o internacional português vai chegar aos mil golos na sua carreira.

«De certeza. Diz-se que Pelé os alcançou, mas Cristiano vai marcar mil golos em jogos oficiais, de certeza. É um dos desafios que o mantém no topo do seu jogo. Temos de continuar a desfrutar de Cristiano. Ou Messi e Neymar. Eles estão noutro mundo. Até eles pararem, temos de continuar a desfrutar deles. Joguei muitas vezes contra o Messi e não consegui pará-lo sozinho. Tinha de ter a ajuda do Modric, do Kroos ou do Ramos. Imparável. Como o Cristiano», disse, mostrando-se disponível para receber uma homenagem no Bernabéu, no final da carreira, mas não para já.

«Não sou o Cristiano (risos). Talvez antes de um jogo oficial, como o Marcelo no outro dia. Cristiano merece uma grande homenagem, porque marcou uma época e por tudo o que fez pelo Real Madrid. Gostava de voltar a abraçar os adeptos. Os meus filhos ainda não estavam no meu tempo de madridista, mas vêm os vídeos da minha passagem por lá. Um ato como o de Marcelo seria bom. O Real cuida bem das suas lendas. Mas, vá lá, sou jovem e ainda tenho muito fôlego. Tenho 33 anos e, nesta altura, sinto que tenho os 28 que tinha antes. A alimentação, a preparação física, tudo prolonga a carreira do futebolista se ele se cuidar. É por isso que o Cristiano continua a marcar 50 golos por época aos 40 anos», apontou.

Por fim, Casemiro elegeu os três melhores treinadores que teve na sua carreira e deixou de fora José Mourinho: «Ninguém ganha tantos títulos só por ser simpático, embora ele seja de facto simpático. Tenho um carinho espetacular por Ancelotti. Para mim, está entre os três melhores treinadores que tive, juntamente com Zidane, claro, e Tite, o selecionador do Brasil. Já tive outros que me marcaram, como Mourinho ou Lopetegui, mas Ancelotti é um treinador à moda antiga, que não está preso à velha escola. Carlo modernizou-se como o futebol. A tática, a preparação física... Ancelotti não se prendeu aos velhos métodos. Tem a inteligência e a calma de um treinador antigo, mas com a inteligência do novo. Uma mistura ideal. Um treinador incrível para a sua equipa.»