Utilização errática ao longo da época leva a que nem gansos, nem o atleta pretendam negociar nova cedência; criativo 'regressa à base' e voltará a ser novamente emprestado, dispondo de muito mercado em Portugal e além-fronteiras
Enquanto a oficialização da chegada de João Pereira para ocupar a vaga de Gonçalo Santos, que deixou o comando técnico do Casa Pia, está a horas de se confirmar, os gansos continuam a registar as habituais alterações no seu plantel, começando por registar todas as saídas antes de dar a conhecer as entradas que, por certo, irão chegar. E uma das partidas certas relaciona-se com Samuel Justo que, recorde-se, se encontrava em Pina Manique a título de empréstimo.
A conjugação entre o passe do médio de 20 anos pertencer ao Sporting, que o cedeu ao Casa Pia até 30 de junho, e o facto de o atleta não ter sido utilizado no emblema lisboeta com a regularidade que desejaria leva a que o regresso a Alvalade será mesmo uma realidade. Ainda assim, Justo deixa o emblema da capital reconhecido pela oportunidade que lhe foi concedida, de estrear-se no principal escalão do futebol português e pela aprendizagem inerente a essa situação.
Samuel Justo não esquecerá os últimos minutos da deslocação do Casa Pia a Arouca: cumpriu a estreia na Liga aos 89 minutos e viu os gansos alcançarem a vitória com um golo aos 90+2’
Samuel Justo protagonizou uma época errática, com estatutos diferenciados junto dos diferentes treinadores que passaram pelo comando técnico do emblema da capital – foram três no total – tendo cumprido dez partidas sob a liderança de Filipe Martins, oito perante Pedro Moreira e outras sete com Gonçalo Martins, num percurso decrescente que não afeta a experiência pessoal positiva para quem, ainda no início da época, disputava a Liga 3 ao serviço do Sporting B.
Um ano de escalão principal bem aproveitado por Justo, que tem como garantido que não seguirá no Casa Pia e retornará aos leões, mas de forma temporária: o médio ofensivo, de cariz multifacetada – pode atuar em qualquer função no meio-campo e ataque, pelo meio ou pela alas – será imediatamente cedido, em função de se encontrar num patamar de evolução superior ao que a equipa B verde e branca lhe poderia oferecer.
O novo destino do internacional sub-20 por Portugal não é ainda conhecido, tendo A BOLA apurado que tanto o Sporting, como os representantes do atleta, já detêm ofertas de diferentes campeonatos e as duas partes avaliam que caminhos o jogador poderá seguir, tanto em Portugal, onde é cobiçado por emblemas da Liga, competidores diretos do Casa Pia, e também na Liga 2, onde suscita muita procura, mas também fora do país. Existem, por isso, contactos, mas nada está ainda decidido além do regresso à base.