Casa Pia ambicioso em Portimão para «evitar fazer contas»

O treinador dos gansos, Gonçalo Santos, olha com humildade para a proximidade do objetivo de manutenção na Liga e promete não abrandar até o conseguir; elogiou a capacidade dos seus centrais e a segurança defensiva da equipa, que apenas sofreu golos em dois jogos sob o seu comando

O caminho do Casa Pia rumo à manutenção na Liga parece próximo da meta, em função do atualmente tranquilo nono lugar e da vantagem pontual de cinco pontos sobre o Portimonense, adversário que ocupa o 16.º lugar, que obriga à disputa de um play-off de manutenção…e que será precisamente o próximo opositor dos gansos, este domingo, no Algarve. Em caso de vitória, a distância pode chegar a oito pontos e para mais abaixo é ainda maior – porém, Gonçalo Santos desconfia e mantém o sentido prático.

«O nosso principal objetivo é não fazer contas, continuarmos assim até ao fim. É uma realidade que com a chegada do final do campeonato e olhando à nossa posição, apesar de estarmos em nono, a situação pontual entre os clubes é muito próxima. Queremos olhar para dentro, evitar fazer contas, e olhar para o futuro com tranquilidade», assinalou, na antevisão ao encontro válido pela 29.ª jornada da Liga, precavido para os perigos que poderão advir do emblema algarvio.

O Portimonense abordará a partida como se de uma final se tratasse e o técnico do Casa Pia mostrou-se bem documentado sobre o mesmo. «Não sei se por estratégia do mister (ndr: Paulo Sérgio) de se adaptar à equipa adversária, se por estratégia deles, é uma equipa que vive muito de futebol direto, de segundas bolas e do que o Carlinhos pode dar ao jogo. É um jogador de muita qualidade técnica e o Hélio Varela é também um jogador muito explosivo no corredor», analisou, de forma objetiva.

O Casa Pia sob o comando de Gonçalo Santos tem sido uma ode ao bem defender, com apenas quatro golos sofridos em sete jornadas sendo que, nessas partidas, os gansos apenas concederam golos em duas partidas, nas derrotas ante Estrela da Amadora (3-1) e Benfica (1-0). «É uma realidade que somos muito fortes no processo defensivo. Os jogadores trabalham muito durante a semana, são muito competentes nesse momento e isso é importante realçar», destacou, satisfeito, o treinador.

«É óbvio que, em sete jogos, estar cinco sem sofrer dá-lhes uma motivação extra para continuar nesta senda», admitiu Gonçalo Santos, que assume, sem receios, o risco de apresentar uma linha de três defesas quando o atual plantel só apresenta quatro centrais de raiz. «A verdade é que em janeiro perdemos dois centrais, o Isaac (Monteiro) e o Vasco (Fernandes) e não nos reforçámos. Também estávamos com outro treinador e a jogar com linha de quatro», recordou, como justificação.

«A partir do momento em que eu assumi, mudei, e temos mais jogadores para fazer aquela posição, como o Geraldes ou o Kevin (ndr: Krygard)», argumentou, construindo assim uma base segura de dois jogadores por posição para apresentar um modelo assente em três centrais com segurança e sem o risco de comprometer o sucesso da equipa: Fernando Varela, Nermin Zolotic, Duplexe Tchamba e João Nunes têm dado todas as garantias e serão quatro nomes na luta por três lugares.