Casa Pia: alas ofensivas ainda sem dono podem ditar surpresa
Gansos utilizaram quatro diferentes combinações de extremos nos últimos cinco encontros e ainda podem lançar Jajá, que regressou à competição em Rabo de Peixe
Em função das várias lesões que foram afetando o seu plantel e também por ter promovido alguma rotação por ter realizado uma ronda de Taça da Liga e uma eliminatória da Taça de Portugal, o Casa Pia não repete um alinhamento inicial há mais de um mês, mais precisamente desde a receção ao Vitória de Guimarães, a 23 de setembro.
Nesse período, o setor que maior metamorfose tem conhecido será o ataque e, mais concretamente, os lugares nas alas, que parecem ainda não estar atribuídos e tal verifica-se com a variedade de elementos utilizados apenas nos últimos cinco encontros.
As combinações foram várias - ante o Vitória de Guimarães, entraram Fernando Andrade e Yuki Soma, perante o Gil Vicente foram utilizados Fernando Andrade e Samuel Justo, com o Estrela da Amadora foram lançados Serobyan e Fernando Andrade e, por fim, nas Taças, Nacional pela Taça da Liga e Rabo de Peixe pela Taça de Portugal, competiram Serobyan e Soma. Quatro combinações diferentes em cinco jogos que, muito possivelmente, não se irão repetir na próxima partida dos lisboetas.
Em função das diferenças ao nível de exigência entre o último encontro disputado pelos gansos (uma deslocação aos Açores para derrotar o Rabo de Peixe, do Campeonato de Portugal) e aquele que se segue (nova deslocação, bem mais curta, ao Estádio da Luz para defrontar o Benfica) é dado adquirido que o onze casapiano voltará a ser não ser replicado de um jogo para outro, dado que elementos preponderantes para a equipa como o guarda-redes Ricardo Batista e os alas Gaizka Larrazabal e Leonardo Lelo deverão ter regresso garantido.
Sobra ainda a discussão em aberto pelas alas ofensivas, que inclui Fernando Andrade, Yuki Soma, Samuel Justo e uma possível surpresa que poderá intrometer-se na disputa e até alinhar na Luz. Jajá está plenamente recuperado da contusão num joelho que o afastou nas últimas semanas e já teve direito a meia hora de rodagem na Taça, como lançamento para o que aí vem, quem sabe a começar já pelo embate com o Benfica.
Nos Açores, o criativo brasileiro teve direito a quase tantos minutos quanto o total que havia alcançado em toda a época, dado que apenas tinha registado 33 minutos de utilização, distribuídos por três jornadas da Liga. Ainda assim, desengane-se quem pensa que Jajá terá, a curto e a médio prazo, uma utilização residual – as características do extremo emprestado ao Casa Pia pelo Athletico Paranaense, do Brasil, são muito apreciadas por Filipe Martins e sua equipa técnica e a sua oportunidade vai, certamente, chegar. Quem sabe já na Luz…