Carlos Carvalhal é um treinador satisfeito com os três triunfos consecutivos, sem sofrer golos e puxa dos galões para o confronto com o Estoril; técnico revelou que não tem nenhum jogador entregue ao departamento médico
O SC Braga vai defrontar o Estoril, esta sexta-feira (20.15 horas), na 13.ª jornada da Liga, vindo de um ciclo de três vitórias consecutivas e sem sofrer golos. Carlos Carvalhal apontou para o mérito do trabalho, mas também referiu que a equipa ainda tem muito por onde crescer.
«Esses números significam trabalho, uma dedicação muito grande dos jogadores, um empenho enorme e que têm tido uma atitude fantástica no dia a dia. A equipa tem vindo a evoluir e a melhorar. Mas, já o disse antes, não está tudo perfeito, temos muitas coisas a melhorar, mesmo muitas. O nosso foco está em melhorar aquilo que nós entendemos que a equipa tem para progredir, pois há uma margem de progressão muito grande. Relativamente ao Estoril, o nosso foco esteve em melhorar situações necessárias, ainda, no nosso jogo e também no ponto de vista estratégico para esta partida que se antevê difícil, porque o Estoril mudou de sistema e creio que se reencontrou, com os jogadores mais confortáveis, fazendo um jogo excelente frente ao Famalicão que é uma das boas equipas do nosso campeonato. Esperamos dificuldades, mas vão encontrar um SC Braga moralizado, a jogar em casa, e com o apoio dos adeptos que desde já agradeço o apoio na Vila das Aves. É o mote para amanhã, nós juntamente com a massa associativa a apoiar a equipa, possamos conseguir mais uma vitória.»
O treinador, de 59 anos, mostrou-se muito satisfeito por não ter nenhum jogador entregue ao departamento médico e abordou a regularidade do onze, pois repetiu-o nos últimos três encontros, sendo que ainda voltou a tocar no tema das horas de descanso.
Duas baixas para Carlos Carvalhal na sessão de trabalho que antecedeu o confronto com o Hoffenheim, desta quinta-feira, às 20 horas; guerreiros somam quatro pontos e estão na 26.ª posição
«O Paulo Oliveira e o Rodrigo Zalazar treinaram normalmente durante a semana e estão considerados como aptos. Neste momento não temos ninguém no departamento médico, o que é muito bom, fantástico. Demoramos muitas semanas, mas conseguimos encontrar um certo equilíbrio entre o trabalho e a competição, não tendo agora nenhuma lesão o que é excelente. Permite-me ter dores de cabeça a fazer a convocatória, coisa que não tinha há algumas semanas. O onze base é aquele que vai jogar. Repetimos em três jogos, não quer dizer que amanhã seja o mesmo, podendo haver alterações. Ainda não saímos do ciclo de jogos muito denso. Sofremos muito e tal como disse o presidente do Galatasaray que está indignado com o facto de não ter jogado na segunda-feira, jogaram no domingo, empataram a dois em casa. Já o disse depois do último jogo, 72 horas depois de uma partida, uma equipa não está recuperada para jogar, mas pode ganhar na mesma. Falo depois de uma vitória, porque se fosse depois de uma derrota, podiam dizer que me estava a desculpar. Isto tem de ser aceite por toda a gente. Posto isto, estive atento à elaboração do calendário dos próximos jogos e felizmente, no próximo ciclo não temos nenhum jogo em 72 horas. Isso não significa facilidade, mas vai ser importante para atacar esta série e é fundamental para evitar lesões, pois não vamos estar no risco. Tudo para que possamos encarar este período com todos os jogadores, pois tal como no último jogo, em que entraram o André Horta e o Ismael Gharbi, ainda com 0-0 e foram fundamentais. Todos os jogadores têm capacidade para responder, especialmente quando as coisas estão a correr bem, como é o caso.»
Os guerreiros vão ter dois meses de enorme densidade competitiva e em janeiro já se abre a janela de transferências, mas Carlos Carvalhal revelou que neste momento é preferível dar confiança ao plantel que conta com soluções, por exemplo para as alas, nas quais têm jogado Roger Fernandes e Gabri Martínez.
«No último jogo o Ismael Gharbi também jogou sob a esquerda, temos ainda o Bruma que também pode jogar pelo corredor, em caso de necessidade. O Víctor Gómez é um lateral ofensivo, assim como o Yuri Ribeiro. Qualquer uma destas soluções nos agrada, inclusivamente, o João Ferreira também pode jogar como ala direito. Neste momento estamos focados na nossa equipa e nos nossos jogadores, em dar a oportunidade para que possam crescer. Já que o rendimento e crescimento coletivo, também acarreta a evolução individual e a imagem que temos de um jogador de há três semanas, pode ser diferente daqui a uma ou duas. Em janeiro vamos ter tempo para fazermos um ou outro reajuste no plantel. Já o referi que estou alinhado com o presidente e a fazer alguma coisa será pontual. Mas, o foco está em dar confiança aos jogadores que temos.»