Carvalhal: «O SC Braga tem pergaminhos nesta prova que já venceu e foi a várias finais»
Treinador revela que a Taça da Liga é uma prova muito importante para os guerreiros que defendem o título; técnico dos arsenalistas perspetiva um jogo bem diferente do anterior, frente a um Benfica forte
O SC Braga volta a medir forças com o Benfica, desta feita, nas meias finais da Taça da Liga, esta quarta-feira (19h45), depois de ter vencido no Estádio da Luz, na 17.ª jornada do campeonato há poucos dias. Carlos Carvalhal deixa um alerta para as dificuldades que a sua equipa vai enfrentar.
«Na antevisão da partida anterior, disse que estes dois jogos se iam enquadrar em dois parâmetros de um padrão em que a nossa equipa tem respondido de forma excelente. O primeiro os jogos fora e o segundo nos jogos a decidir, em que sempre que fomos chamados a decidir coisas, a equipa respondeu bem. Conseguimos o primeiro objetivo, dentro destes dois que foi a vitória no Estádio da Luz, mas temos noção que jogámos frente a um grande clube, com uma excelente equipa técnica e jogadores de elevado nível. Só foi possível vencer, porque fomos muito determinados, tivemos ousadia e ganhámos um jogo muito difícil. Mas, temos consciência que foi mesmo muito difícil. Para amanhã, para além do foco, determinação e coesão e, fundamentalmente a crença de que é possível vencer, temos de ser humildes e perceber que vamos deforntar um adversário muito complicado. Queremos vencer e paa isso temos de ter argumentos ainda mais do que no útimo jogo, porque o Benfica também vai dar mais qualquer coisa e nós queremos estar na final da Taça da Liga.»
O técnico, de 59 anos, também antecipa um jogo completamente diferente, devido à característica decisiva deste encontro, tratando-se de uma semifinal que permite o acesso à conquista de um título.
«A importância desta competição é grande, pois o SC Braga tem pergaminhos nesta prova, já venceu e foi a várias finais. É uma prova importante dentro do nosso calendário, pois felizmente estamos inseridos em todas. Este é um torneio de curta duração em que temos legítimas aspirações de estarmos presentes na final. Mas, ao mesmo tempo temos de ter noção que vamos defrontar um adversário muito difícil. Temos de acreditar que é possível surpreender e vencer. Não consigo vaticinar o que vai acontecer amanhã, a nossa expectativa é ganhar. Sabemos os pontos fortes do Benfica, eles sabem os nossos. Há uma ou outra fragilidade, em ambas as equipas. Temos um jogo a decidir nos quais a nossa equipa tem respondido muito bem», garantiu o treinador que ainda explicou as opções tomadas no último confronto com os encarnados.
«Não dei recado nenhum, apenas fiz o meu trabalho e no primeiro dia do ano decidi que nada contava para trás que ia haver folha limpa. A partir daí tomo as minhas opções, os que não foram utilizados também trabalharam muito bem. Em função do adversário e do que se passa no jogo tomo as minhas decisões. O Diego Rodrigues entrou porque tem um posicionamento muito bom e a ganhar 2-0 precisávamos de um jogador com as suas características. Gosto de ter na equipa jogadores que comecem a semana a pensar que podem jogar no domingo. Preferimos que saiam, como o Guitane e o João Marques, do que possam andar por aqui desmotivados. Gostámos que os jogadores estejam sempre em alerta.»
Carlos Carvalhal confirmou que tem dois jogadores indisponíveis para este confronto e ainda uma dúvida.
«Rodrigo Zalazar está fora por impedimento físico, Niakaté é uma incógnita, vamos treinar e ver se está disponível. Temos de ter cuidado, pois precisamos dele para amanhã e para o futuro. O Paulo Oliveira já está no campo e deve estar aí a bater à porta, mas ainda não para este jogo. O Zalazar tem uma situação idêntica à do Paulo Oliveira, uma picada de mosquito, mas que tem de ser tratada», revelou o técnico que ainda fugiu à questão sobre a possível saída, por emprétismo de Roberto Fernández, ainda neste mês de janeiro.
«Não é tema, estamos numa Final Four, ou seja, dois jogos e contamos com o Roberto [Fernández] que está connosco.»
O treinador dos guerreiros já conquistou uma Taça de Portugal pelo clube do seu coração e aponta a um novo título, deixando uma promessa.
«O menos importante é individualizar. A minha Champions League foi a Taça de Portugal pelo SC Braga. Na altura fomos ao Sameiro a pé e agora se ganharmos a Taça da Liga se calhar vamos ter de ir a S. Bentinho a pé… Os companheiros que se preparem... Porque a Santiago Compostela, de bicicleta, já fui três vezes. [risos]»