1 março 2024, 22:07
Três expulsões e um herói vindo do banco: a vitória do Milan na visita à Lazio
Noah Okafor saltou do banco para dar a vitória aos 'rossoneri' perto do fim num jogo que contou com três expulsões para o lado dos 'biancocelesti'
Marco Di Bello expulsou três jogadores da equipa romana numa partida em que ainda mostrou 11 cartões amarelos; tem vivido inferno desde então e motivou palavras desesperadas da companheira; será o quarto árbitro do Real Madrid-Leipzig da Champions
A carta publicada por Carla Foggiano, a mulher do árbitro italiano Marco Di Bello, 42 anos, internacional desde 2018, que apitou o polémico Lazio-Milan da última jornada da Serie A, que os rossoneri venceram por 1-0, é grito de desespero para com o inferno vivido pelo marido desde essa partida.
Di Bello, que integra como quarto árbitro a equipa de arbitragem que irá apitar o Real Madrid-Leipzig da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, esta quarta-feira, ficou no olho do furacão depois de ter expulsado três jogadores da Lazio (Pellegrini, Marusic e Guendouzi) durante o jogo frente à equipa de Rafael Leão, no qual ainda mostrou total de 11 cartões amarelos.
Tornou-se, por isso, alvo da raiva dos adeptos laziale, e foi também visado pela Imprensa italiana, o que motivou a vinda a público da mulher para denunciar o «tormento de ódio» pelo qual tem passado.
1 março 2024, 22:07
Noah Okafor saltou do banco para dar a vitória aos 'rossoneri' perto do fim num jogo que contou com três expulsões para o lado dos 'biancocelesti'
«Não é fácil escrever mantendo-me lúcida e educada, não é fácil permanecer equilibrada e serena. Não é nada fácil, mas devo sê-lo para não me deixar prender e engolir por esse tormento de ódio. Não quero falar de arbitragem, não me interessa falar de futebol e de futebolistas, não posso falar de desporto, isto não é desporto: no desporto não há espaço para ódio e violência», começa por apontar, vincando que Marco Di Bello está a passar pelas «mais indizíveis maldades e hostilidades», falando numa «brutalidade mediática e social sem precedentes».
«Vivemos uma época histórica, onde todos condenam e de distanciam dos abusos, mas somos capazes de odiar, denegrir, ofender, maltratar e ultrajar o próximo. É uma brutalidade mediática e social sem precedentes. Não estou aqui para defender o Marco, pois ele é capaz de fazê-lo por si mesmo. Estou aqui para estar ao seu lado, para poder aliviar a carga emocional sufocante. Estou aqui para registar que por detrás de um árbitro, fora do campo, longe das câmaras, há um homem. Há sacrifícios, esforços, dedicação, renúncias, sonhos, sucessos e derrotas. Ninguém poderá manchar Marco Di Bello, a sua força e dignidade. Por entre as dificuldades surgem oportunidades (Albert Einstein). Com amor, Carla», lê-se.