Carlos Carvalhal: «Vai ser um osso duro de roer»
Técnico dos guerreiros do Minho respeita a formação grega, mas diz que a sua equipa tem condições para vencer. (Foto: A BOLA)

Carlos Carvalhal: «Vai ser um osso duro de roer»

NACIONAL21.08.202412:54

Treinador do SC Braga fez a antevisão da partida frente ao Rapid Viena para a 1.ª mão do play off da Liga Europa; o técnico conta com duas vitórias, nos primeiros jogos pelos guerreiros

Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, deixou o alerta para a qualidade da equipa austríaca que apresenta uma forma de jogar pouco habitual. O técnico, de 58 anos, ainda garantiu que os guerreiros estão preparados para o desafio, mesmo com o pouco tempo que tem para trabalhar as suas ideias de jogo. Mas, deixou elogios aos jogadores que vêm compreendendo bem tudo o que lhes é pedido, apenas através da visualização de vídeos.

Para este confronto com o Rapid Viena que dificuldades espera encontrar?

- Queremos ganhar e passar a eliminatória. Um osso muito duro de roer. Respeitar o adversário que tem confiança e que tem uma forma de jogar muito diferente, a qual as equipas portuguesas normalmente não encontram, essencialmente, quando têm a bola. Temos de ter humildade, trabalhar e consciência que o adversário tem valor. Jogar no limite do risco, vamos ter de arriscar em alguns momentos para ganhar, pois queremos passar a eliminatória.

Uma equipa que marcou em todos os jogos, até ao momento, como pensa em travar esse poderio ofensivo?

- Têm uma dinâmica muito interessante. Algumas vezes atacam com os avançados abertos e os alas pelo centro, fazendo dois quadrados pelo meio do terreno. Criam muitas dificuldades, pois têm capacidade para ter a bola. Entendemos isso tudo e vai passar pela nossa capacidade de ter a bola e bloquear os momentos em que pretendam sair. Têm debilidades e estudamos isso. Temos de estar compenetrados, concentrados e com o apoio da nossa massa associativa que vai ser importante estarmos bem do início ao fim do jogo.

Como referiu, por norma, não se encontram adversários assim. Em campo, como vai ser difícil contrariar o jogo do Rapid Viena e ainda para mais com a condicionante dos lesionados?

- Nunca lamento ausências, apenas por eles próprios que não podem estar com o grupo. O Matheus ainda é um incógnita, treinou e só amanhã vamos ter a certeza absoluta. Foi ao campo e não sentiu para já nada. Se jogar confiança total, mas também total confiança em todos os outros guarda-redes. Temos de jogar no limite do risco, vamos ter de arriscar e para sermos bem sucedidos, mais vale isso do que chegar lá e lamentarmos não o termos feito aqui. Um adversário complicado. Quando não tivermos a bola, temos de saber defender e bem. Com a bola temos de atacar, pois temos qualidade para criar danos. No final logo veremos e esperamos que seja bom para nós.

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Paulo Oliveira, João Moutinho e Sikou Niakaté continuam entregues ao departamento médico; guarda-redes subiu ao relvado para ver como se sentia; guerreiros seguem preparação para o confronto com o Rapid Viena, esta quinta-feira, às 20.30 horas

O adversário é muito físico e com tantos jogos, como é que esse aspeto pode complicar ainda mais as coisas? Banza continua na mesma situação?

- Não tenho nada a acrescentar, qualquer jogador que esteja comprometido com o clube está dentro. Serve para todos os funcionários. Se estiver assim, está tudo bem. É uma equipa física, sem dúvida, que gosta  de velocidade, transições, movimento e espaço, compete-nos a nós que não façam um trajeto pela autoestrada, mas antes por estradinhas. Vamos ter de ser taticamente muito fortes. Sermos competentes para conseguirmos vencer o jogo.

Com o pouco tempo para treinar, como tem transmitido a sua mensagem?

- Treinos aquisitivos ainda não fizemos nenhum, tendo em conta a densidade de jogos. Estamos a preparar e a recuperar. O vídeo tem sido bem acolhido, felizmente com o nível dos jogadores tem sido uma boa ferramenta. Depois procuramos chamar a atenção individualmente, por exemplo o Vítor e o Rodrigo Zalazar são chamados para a correção de movimentos e de posicionamentos. Chamadas de atenção através do vídeo. No dia antes do jogo, quando os jogadores estão melhores, temos trabalhado o lado estratégico para os jogos. Mostrar os pontos fracos dos adversários e explorarmos as nossas valências.

De alguma forma, o Vítor Carvalho têm-no surpreendido? Já o seguia e vê-o mais como 6 ou como 8?

- Tenho seguido a evolução do Vítor, pois sou amigo do Ricardo Soares que o orientou no Gil Vicente e volta e meia falamos sobre ele. Na posição seis, mas tem de melhorar alguns aspetos, pois com o tempo esqueceu-se de algumas coisas, mas vai trabalhar para isso, como a receção orientada para colocar a bola logo no flanco oposto. Posição seis, já que é um jogador que dá coberturas e é solidário com os restantes companheiros. Ocasionalmente pode chegar mais à frente, pois tem abertura para o fazer, não de forma regular, mas tem essa abertura. Boa capacidade física e muito bom jogo de cabeça. Ele e os centrais estiveram bem na Suíça, apesar do erro do Niakaté. Fizeram um jogaço. Está a trabalhar bem.