Carlos Carvalhal: «Pressionadas estão as pessoas que não têm dinheiro para comer»

Treinador dos guerreiros fez a antevisão ao dérbi do Minho, desta quinta-feira (18.45 horas), a contar para os quartos de final da Taça da Liga; técnico ainda lamentou que a competição não tenha mais equipas envolvidas, mas aponta à ‘Final 4’

Esta quinta-feira (18.45 horas) há novo dérbi do Minho, com o SC Braga a receber o Vitória de Guimarães, nos quartos de final da Taça da Liga, e para Carlos Carvalhal não há pressão extra para a sua equipa, devido à derrota (0-2) sofrida na jornada 5 do campeonato.

«Pressionadas estão as pessoas que não têm dinheiro para comer, pagar as rendas das casas e que estão em guerra. A pressão de estar a representar o SC Braga é a de ter um jogo para catapultar a equipa para uma ‘Final 4’ tem de ser, obviamente, positiva. O passado em nada interessa, pois temos de apresentar os nossos argumentos e o Vitória irá apresentar os deles.»

Uma competição que voltou, este ano, a mudar de formato, o que, para o técnico dos guerreiros, a torna um pouco injusta.

«Gostaria que tivessem mais equipas envolvidas, pois quem vai a esta ‘Final 8’ é quem tem maior densidade competitiva e na minha opoinião devia ser o contrário pois joga-se pouco em Portugal. Também daria mais oportunidades a que jovens jogadores surgissem nessas equipas com menos partidas durante a temporada», analisou Carvalhal que também comentou o boicote anunciado de várias claques a esta competição.

«Tenho de respeitar todas as manifestações dos adeptos, que têm com certeza as suas justificações. Gostaria de ter os adeptos presentes. Respeito as suas posições e trabalhamos fundamentalmente para os adeptos. Por vezes confunde-se o futebol com um negócio e nunca se pode perder essa intenção de ser o jogo do povo.»

O treinador, de 58 anos, confirmou que o avançado Roberto Fernández continua em dúvida e que tem jogadores para atuar em vários sistemas, tal como fez no último jogo.

«Tenho de analisar cada semana de trabalho e os jogadores que temos à disposição. Não inventei nada. Já vi o Manchester City a jogar sem avançado e o Sporting também em várias ocasiões. Não é novidade nenhuma, é uma situação absolutamente normal. No último jogo, apenas tínhamos um avançado, o El Ouazzani, e de início sabíamos que não ia aguentar 90 minutos. Fizemos a gestão que entendemos ser a melhor e amanhã assim o faremos, pois cada jogo tem a sua história. Alternativas com dois avançados móveis, dois médios, três médios em nada altera a nossa forma de jogar.»