Declarações de Carlos Carvalhal, treinador do SC Braga, após a derrota europeia, em casa, diante do Bodo/Glimt
Que sensações lhe ficam deste jogo, em que a derrota chega nos instantes finais?
- Um jogo altamente ingrato, merecíamos claramente a vitória, na minha opinião. Entramos muito bem no jogo, condicionamos bem a forma do adversário jogar, o que não é fácil. Justificava-se chegar ao intervalo já em vantagem. Segunda parte entrámos bem, com o remate do Zalazar. Sofremos o golo numa transição. Mas, houve reação e conseguimos chegar ao empate. Depois a expulsão, com alguma infantilidade na forma como é expulso, principalmente no segundo amarelo, pois com um cartão tem de se segurar. Em desvantagem, conseguimos suster a superioridade do adversário e ainda tivemos boas oportunidades de golo. Já na compensação, acabamos por sofrer o golo, num momento em que os jogadores podiam pensar que já tinha acabado, mas não.
Que comentário lhe merece a expulsão e essa desatenção no golo sofrido? Que perspectivas tem para o resto da competição?
- São situações difíceis de controlar através do treino e do trabalho durante a semana. São situações pontuais que dizem respeito ao lado emotivo dos jogadores. Tem de se mostrar as coisas erradas, mas também as coisas boas. Este jogo teve mais coisas boas do que más, sendo que a pior foi não termos conseguido finalizar as oportunidades. Olhar para os jogos todos para os ganhar e procurar avançar para a próxima fase. Ainda faltam seis jogos para terminar esta fase da Liga Europa.
Moutinho e Zalazar a par. Que pretendia com essa dupla?
- Estancou bem o adversário enquanto teve energia, principalmente na primeira parte, depois no segundo tempo quebraram, o que é compreensível em função do tempo de treino que têm e por isso pensamos logo em refrescar essa zona do terreno. Fazendo o mix certo entre as características de cada um. Podem jogar perfeitamente.
SC Braga viu o empate fugir no último suspiro, num jogo marcado pela expulsão do central, que foi de herói a vilão em apenas três minutos, e pelo pragmatismo norueguês
Que achou dos assobios a André Horta?
Não gosto que assobiem os meus jogadores. Teve um período menos bom. Toda a gente erra, também já errei muito. Temos é de reagir e para isso é preciso fazer as coisas certas. O André reagiu muito bem, com trabalho. Já não merecia ficar de fora com o 1.º Dezembro. Entrou em campo o verdadeiro André e é isso que nós queremos, jogadores que acrescentem.
O melhor esteve melhor na reação do que a controlar, como fez na primeira parte?
Nos primeiros 20 a 25 minutos tivemos um SC Braga a jogar no campo todo, com mudanças de flanco. Com seis oportunidades de golo na primeira parte, frente ao Bodo/Glimt, é de assinalar. Quando tivemos de defender, tivemos de nos juntar. O que foi preparado foi para a equipa jogar mais à frente e quando tivesse de defender que o fizessem todos juntos. Não concedemos muitas oportunidades e fizemos um bom jogo na minha opinião.