Capitão lidera grito de revolta

Sporting Capitão lidera grito de revolta

NACIONAL19.02.202310:31

Grito de revolta com Coates a dar a cara e reforçar uma importância que ultrapassa o plano desportivo. Um exemplo consistente de liderança, estabilidade e aprendizagem para os mais novos. Em poucas palavras, assim se conta a história dos longos (e impressionantes…) 308 jogos do central uruguaio que chegou a Alvalade em 2016.

A aparecer nos momentos de aflição, de nervosismo nas bancadas, quase sempre para cicatrizar feridas abertas na equipa. Ou seja, num cenário muito idêntico ao… atual. Coates, melhor que ninguém no plantel leonino, tem experiência suficiente para devolver a falta de confiança, a tal «questão mental» - tantas vezes justificada pelo treinador - que tem faltado ao plantel.


Um estatuto (ainda) mais vincado nos últimos dias, pois o central tem sido voz ativa no balneário, apelando a uma maior exigência e compromisso para ultrapassar o momento delicado. Aumentar os níveis de confiança e os apelos a uma maior capacidade de reação à adversidade - convém lembrar que o Sporting, esta época, apenas uma vez conseguiu virar um resultado a seu favor, diante do Casa Pia [ver quadro] - foram temas debatidos dentro de portas.


Coates, aliás, é também nesta área, um exemplo. Basta recordar que o recente golo que apontou ao Midtjylland - e salvou o leão de um desastre europeu ainda maior - foi o 9.º que alcançou nos dez minutos finais [ver quadro] no seu percurso nos leões. Quase sempre decisivos. E a mostrar o que os avançados muitas vezes não conseguem: golos. E se pouco há a retirar de positivo no recente duelo europeu, restou a ambição, crença e determinação do capitão num momento que poderá ser determinante para o que aí vem.