Estoril-Nacional, 1-0 'Canarinhos' entram na linha embalados por erros alheios (crónica)

Estoril estreia-se a vencer na Liga; Madeirenses, reduzidos a dez desde os 65 minutos, pagaram caro o desperdício de oportunidades flagrantes

Sete anos e meio depois do último confronto na Liga, Estoril e Nacional reencontraram-se este domingo no primeiro escalão e os três pontos sorriram (finalmente) aos canarinhos, que operaram uma revolução no onze (cinco mudanças) e venceram pela primeira vez esta época, com direito a ultrapassagem na tabela.

Tiago Margarido tinha manifestado intenção de ganhar mais vezes fora de casa e os primeiros minutos no Estádio António Coimbra da Mota só o terão dececionado pela falta de eficácia, já que os 15 minutos iniciais foram marcados por uma avalanche ofensiva dos madeirenses, no entanto Joel Robles parou Rúben (1’) e Appiah (7’), Tiago Reis atirou ao lado (9’ e 11’) e Ulisses viu a bola morrer no poste (15’).

O desperdício fez pairar na Amoreira o famoso ‘quem não marca, sofre’, que não tardou a ter eco no marcador. Begraoui ameaçou com o primeiro remate do Estoril (valeu aos insulares Ulisses, a cortar antes da linha, 16’), João Carvalho confirmou a teoria. Foi na sequência de um mau atraso de Luís Esteves: Lucas França tentou responder de carrinho, não conseguiu fazer subir a bola e esta sobrou para o atacante estorilista dar vantagem à equipa de Ian Cathro.

O jogo equilibrou por instantes, mas de novo os madeirenses voltaram à carga, de novo sem o êxito pretendido: depois de Appiah (26’) e Luís Esteves não conseguirem acertar no alvo, Ulisses (39’) e Tiago Reis (41’) voltaram a ter o golo à mercê mas falharam o empate. Pontaria demasiado desafinada para abalar a vantagem dos canarinhos.

A segunda parte começou com más notícias para o conjunto da linha, que perdeu Hélder Costa por lesão aos 48'. Momentos depois, más notícias para a equipa do Funchal, que perdeu Ulisses por culpa própria: fez falta sobre Zanocelo, tentou pontapear o jogador e viu cartão vermelho (65’).

Apesar do contratempo, o Nacional ainda espreitou o empate em duas ocaisões, com Tomich em evidência: na primeira, pediu penálti por falta de Boma (70’), o árbitro e o VAR não entenderam, na segunda falhou escandalosamente à boca da baliza (75’). No desespero do Nacional, Fabrício Garcia teve nos pés hipótese de matar o jogo. Não o fez. Acabou por não ser preciso.