Campeãs do Mundo apresentam condições para voltar à seleção
Espanholas que alcançaram sucesso na Austrália e outras selecionáveis emitem comunicado
As 23 campeãs do mundo pela Espanha já tinham anunciado que não estão dispostas a regressar à seleção por considerarem insuficientes as mudanças na Real Federação Espanhola de Futebol, que segundo elas se limitou a afastar o presidente Luis Rubiales e o selecionador Jorge Vilda. Em comunicado, revelaram as condições para o regresso.
O documento é assinado por 39 jogadoras internacionais por Espanha, inclusivamente muitas das que já se tinham recusado a estar no Campeonato do Mundo, deixando claro que o regresso à seleção só será possível com mudanças bem mais profundas do que as feitas até aqui. Uma demonstração de interesses que deve ser tida em conta pela nova treinadora de Espanha, Montse Tomé, que anunciará em breve os nomes para a dupla jornada, contra a Suécia, dia 22 deste mês, em Gotemburgo, e a Suíça, em Córdoba, diz 26.
Pedem as campeãs do Mundo as seguintes medida da RFEF: reestruturação do organograma do futebol feminino; reestruturação do gabinete do Presidente e da Secretaria-Geral; demissão do presidente da RFEF; reestruturação da área de comunicação e marketing e reestruturação do departamento de integridade.
Defendem ainda as futebolistas que têm motivos para continuar a expressar o «enorme descontentamento após os acontecimentos na cerimónia de entrega do troféus após a vitória (1-0) contra Inglaterra na final do Campeonato do Mundo», bem como a tentativa de desvirtuar os factos por parta da RFEF que se seguiu. Dizem mesmo que todos estes comportamentos «não são algo pontual e vão além do desporto».
No documento estão igualmente referências a várias reuniões com a federação nas últimas semanas, nas quais as jogadoras defenderam «mudanças que são fundamentais para se poder avançar», sublinhando que continuam todas «abertas ao diálogo» de forma a encontrarem condições para poderem «realizar o trabalho ao mais alto nível».