Campeão pelo Astana apresenta adversário do V. Guimarães
Pedro Eugénio foi campeão em 2022 pelo Astana e melhor marcador do campeonato, com 18 golos. Foto: FC Astana

Campeão pelo Astana apresenta adversário do V. Guimarães

NACIONAL19:00

Pedro Eugénio está no Cazaquistão desde 2020 e conhece como poucos a equipa da capital. Diz que os conquistadores têm tudo para vencer

Almaty –  O V. Guimarães defronta esta quinta-feira, às 15h30, o Astana, na 4.ª jornada da Liga Conferência. Um adversário praticamente desconhecido para muitos portugueses, mas que Pedro Eugénio conhece bem. Ou não estivesse o extremo de 34 anos no Cazaquistão desde 2020, apenas com uma curta passagem pela Arábia Saudita, ao serviço do Al Adalah, pelo meio. Aliás, em 2022 sagrou-se mesmo campeão ao serviço do Astana, após uma época brilhante, na qual marcou 18 golos, tornando-se o melhor marcador do campeonato. 

Sobre o Astana-V. Guimarães poucas dúvidas. Favoritismo claro para os conquistadores. «O Vitória é superior. É uma equipa de muita qualidade, recheada de excelentes executantes. Acredito que, com mais ou menos dificuldades, vai vencer o jogo», diz a A BOLA o extremo algarvio, natural de Faro, e que nos escalões de formação representou, além do Farense, Benfica e Sporting, ou não fosse ele filho de Eugénio, antigo lateral-direito formado nos leões e que nas décadas de 1980 e 1990 fez carreira no escalão principal, ao serviço de Farense e SC Braga.

Quanto ao adversário, destaca o croata Marin Tomasov. «É um avançado muito experiente [37 anos]. Bom jogador. Até já marcou ao Sporting.» Os leões venceram 3-1 em Astana e empataram em Alvalade 3-3, para a Liga Europa, em 2017/2018, com Tomasov a fazer um golo em ambos os jogos.

Um país gigante e… frio

Pedro Eugénio, claro, já está ambientado ao Cazaquistão. Um país imenso (2 725 000 km²), que pertencia à antiga União Soviética e que se estende até à Ásia Central, e com uma grande disparidade entre os grandes centros e o restante território. «É um país gigante. Nas principais cidades, Astana e Almaty, sentimo-nos na Europa. Há muita qualidade, são cidades cosmopolitas. O pior são as deslocações, quatro e cinco horas de voo para fazer jogos. É mesmo muito cansativo. Há que ser forte e resistente», conta o extremo, que gosta do país e admite continuar, depois de ter terminado contrato com o Tobol, 5.º classificado do último campeonato cazaque – o Kairat foi o campeão, com o Astana a ficar na 2.ª posição –, que terminou há 15 dias.

 Uma vantagem para o V. Guimarães? «Sem dúvida. O Astana já terminou o campeonato a 10 de novembro e agora só tem a Liga Conferência para disputar», diz, alertando depois para o frio, pois as temperaturas já negativas e o fuso horário, com as cinco horas de diferença para Portugal, a poderem causar alguns problemas. Nada que não se supere, até porque tudo vai decidir-se nas quatro linhas e o Estádio Ortalyk «tem boas condições». «O Estádio do Astana está em remodelação e vão jogar na casa do Kairat. É um estádio já antigo, mas com um ótimo relvado natural. É mesmo muito bom. Por aí não haverá problemas», garante Pedro Eugénio, que até janeiro vai estar a estudar propostas. Portugal? «Não, agora não. Só mesmo no final da carreira.»