Treinador assume que o Gil Vicente tem a responsabilidade de vencer na Taça de Portugal, mas ressalva que a superioridade teórica só será confirmada em campo. Bruno Pinheiro promete dar oportunidades a jogadores menos utilizados
Bruno Pinheiro reconhece a responsabilidade do Gil Vicente na eliminatória da Taça de Portugal frente ao Belenenses, um clube onde trabalhou em todos os escalões de formação. No entanto, o técnico alerta que, apesar da vantagem teórica, é fundamental demonstrá-la dentro de campo, ainda mais contra um adversário que se mantém invicto esta temporada.
«A responsabilidade é do Gil Vicente. Não há como negar isso e, sinceramente, gosto de ser o favorito. Como treinador, procuro sempre desafios que me permitam vencer o máximo de vezes. Uma coisa é ter essa vantagem no papel, outra é provar esses argumentos no relvado», afirmou Bruno Pinheiro, em conferência de imprensa, acrescentando que o foco da equipa é «eliminatória a eliminatória».
«Nunca fui de fazer planos a longo prazo. Este é um jogo a eliminar, não posso garantir que vamos ganhar, mas a nossa ambição é vencer e evitar as dificuldades que tivemos na época passada».
O treinador admitiu que dará oportunidade a alguns jogadores menos utilizados, reconhecendo que o Belenenses se apresentará «motivado» para este desafio.
«Não diria que vamos poupar jogadores, mas sim que faremos algumas alterações. São jogadores que não têm jogado tanto e nos quais confio totalmente para esta eliminatória. Sabemos que o Belenenses estará galvanizado pela diferença de escalões e pelo mediatismo do jogo. Cabe-nos ser competentes tanto a decifrar a estratégia adversária como a criar oportunidades para marcar», assegurou Bruno Pinheiro.
Jonathan Buatu e Sandro Cruz (Angola) e Jesús Castillo (Peru) regressaram dos compromissos internacionais sem problemas físicos e podem ser opção para o jogo de sábado, diante do Belenenses, para a Taça de Portugal; Mory Gbane ainda está em dúvida, Facundo Cáseres e Yaya Sithole são baixas garantidas
Regresso especial ao Restelo
O técnico desvalorizou o facto de o jogo ser disputado às 11 horas, uma hora pouco habitual, e expressou alguma nostalgia pelo regresso ao Restelo, onde treinou de 2007 a 2013.
«Prefiro jogar à noite, pelo ambiente, as luzes, o relvado húmido... mas o horário não serve de desculpa, até porque treinamos mais cedo do que isso todos os dias. Será especial voltar ao Restelo. Costumo ser associado ao Estoril, onde treinei a nível profissional, mas o Belenenses também é um clube especial para mim. Passei seis anos nos escalões de formação e certamente reencontrarei alguns amigos, como o roupeiro, o Nuno Tomás e o Gonçalo Maria, que fizeram parte da minha história».