Treinador do Gil Vicente queria mais da sua equipa contra o SC Braga
Já referiu noutras ocasiões que há empates que sabem a derrotas e outros que sabem a vitórias. A que soube este?
— Um sabor agridoce, sim. Fomos crescendo durante o jogo, senti que os jogadores entenderam o jogo ao fim de 15/20 minutos e isso foi muito bom. Mas é pena não ter ganho, porque tivemos as melhores oportunidades. Ainda assim, estou feliz porque a equipa começa a acreditar e a perceber e a aplicar as ideias.
Em diversos momentos, como na paragem aos 15' para ver se Andrew se teria lesionado, deu indicações aos jogadores. Que lhes disse?
—Sim, havia indicações que tinha de passar porque era preciso equilibrar. O André Horta naquela posição do meio-campo, ora para defender, ora para atacar na ala ou num meio a três, é muito difícil de entender e controlar. Mas aos 15/20 minutos, conseguimos ajustar, ganhámos personalidade, tivemos mais bola, mais pressão no SC Braga e tornámos o jogo desconfortável para eles. E as melhores oportunidades são nossas. Este empate sabe a derrota.
Desgaste europeu notou-se num SC Braga que quis resolver cedo, adivinhando o que aí vinga: 15 minutos altamente intensos, seguidos de enorme queda. O Gil acreditou e foi mais perigoso, mas não teve eficácia
Ambos os técnicos apanharam o comboio da época em andamento. Vai ser preciosa esta paragem?!
— Todos os treinos são preciosos e agora, com duas semanas a trabalhar, já se nota a diferença. É preciso é somar treinos, porque os jogos tornam-se caóticos e é preciso saber lidar com isso. No treino, não há o caos que o adversario provoca no nosso jogo nos duelos a doer. Não tivemos isso, porque o problema é que agora os jogos valem pontos, enquanto na pré-época são treinos, não valem. E eu não os tive, por isso tenho de treinar agora.