Projeto está muito mais atrasado que o do FC Porto e depende, em larga medida, da eleição de novo Conselho de Administração para o mandato 2024/2026 e, claro, de financiamento; terrenos ainda nas mãos de privados
O projeto do centro de treinos planeado pelo Boavista na Maia, na zona do Parque Metropolitano onde também vai nascer a academia do FC Porto, só terá avanços quando for eleito o novo Conselho de Administração da SAD para cumprir o mandato 2024/2026. Vítor Murta está demissionário, mas o acionista maioritário dos axadrezados, Gérard Lopez prometeu solução diretiva no dia 27 de março, data da Assembleia Geral (AG) eleitoral de acionistas.
Em dia de Assembleia Geral eleitoral de acionistas do Boavista, o proprietário dos axadrezados solicitou novo adiamento ao presidente da MAG, Álvaro Braga Júnior, de forma encontrar solução para a saída de Vítor Murta
De todo o modo, o processo está muito mais atrasado que o do FC Porto. «Houve contacto iniciais, no ano passado, e enquadrámos neste Parque Metropolitano da Maia, no estudo, uma área desportiva sul, com cerca de 10 hectares. Esses terrenos são privados, depois terão de ser negociados. A Maia não faz parques desportivos para ninguém, o espaço está lá, bem enquadrado» disse António Silva Tiago, na reunião municipal da última terça-feira.
António Silva Tiago, presidente da autarquia, diz que não haverá implicações se André Villas-Boas vencer as eleições dos dragões e rescindir o acordo com a atual administração azul e branca para a construção da Academia; sublinha que ninguém é obrigado a construir na Maia. Falou ainda sobre o processo do centro desportivo do Boavista
O projeto do Boavista incluiu um estádio com bancada coberta, cinco relvados e edifício administrativo, com auditório e uma área residencial. Além do processo burocrático inerente à obra, o Boavista terá, naturalmente, de garantir condições financeiras para avançar com a empreitada e um mandato pode não ser suficiente para concretizar o centro de treinos.