Bernardo Silva: «Não trocava a Liga dos Campeões pela Bola de Ouro»
Bernardo Silva já conta com seis Premier Leagues ao serviço do Manchester City. Foto: IMAGO/Pro Sports Images
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Bernardo Silva: «Não trocava a Liga dos Campeões pela Bola de Ouro»

NACIONAL30.05.202412:43

Português falou da presssão de jogar no City e antecipou participação no Euro 2024

Bernardo Silva falou com o canal desportivo britânico Sky Sports, tendo abordado vários temas: desde a conquista de prémios individuais ao misto de emoções por ter ficado de fora do Euro 2016 por lesão.

«O reconhecimento é sempre agradável», começou por dizer o médio português, considerando que «dá a quantidade certa de importância» aos prémios individuais. No entanto — e como já deixou claro noutras entrevistas —, discorda dos critérios usados para atribuir os prémios e prefere focar-se no coletivo: «No final de contas, estamos a praticar um desporto coletivo. Hoje em dia, os prémios individuais vão sempre para os avançados, porque têm aquele último toque.»

O número 20 dos citizens garante que dá sempre o seu «melhor para apoiar os companheiros e fazer o que é melhor para a equipa» e que «ganhar a Liga dos Campeões é muito melhor do que ganhar a Bola de Ouro», frisando que «não trocaria» um troféu pelo outro.

Lesão durante o Euro 2016

Na altura com 21 anos, Bernardo Silva fez toda a qualificação para o Euro 2016, mas acabou por ficar de fora da fase final por lesão. «Foi um misto de emoções», confessa, reconhecendo que «ficou frustrado antes da competição começar» por não poder «fazer parte» e porque «teria sido» o seu «primeiro torneio».

Quando vou para casa, não importa se ganho, perco ou empato, ver a minha filha é algo que me deixa sempre ansioso. A vida com a minha filha, a minha mulher e os nossos dois cães, aconteça o que acontecer, sabendo que seremos uma boa família, é o que me faz continuar.

«Mas depois, no final, quando eles ganharam, eu sou português. Toda a gente ficou muito feliz, a minha família, os meus amigos, toda a gente. Foi um misto de frustração por não ter estado lá, mas também de felicidade por ter sido o nosso primeiro grande título como país», realça o polivalente médio. E fala das peculiaridades de representar a Seleção: «O engraçado de jogar pelo nosso país é que até a minha avó, que não gosta de futebol, quando Portugal joga, adora ver. Quando um país joga, toda a gente vê. Mesmo aqueles que não gostam desse desporto específico.»

Bernardo Silva e Jorgensen no jogo entre Portugal e Dinamarca no Grupo I de qualificação para o Euro 2016. Foto: Pedro Trindade

O internacional português admite que se sente pressão «quando se joga num Euro», pois estão a «representar todo o país, a família e os amigos», deixando a garantia de que «jogar por Portugal é sempre um pouco diferente e especial».

Hoje uma estrela e ídolo de milhares, Bernardo Silva tenta não esquecer a «pura alegria» de jogar futebol: «Na rua, na escola com os amigos, ou na academia do Benfica, lembro-me de gostar de ter a bola à minha volta. Fazer o que gosto, que é jogar futebol. Pura alegria.»

No entanto, confessa que jogar futebol atualmente «parece um pouco mais uma profissão», mesmo que continue a adorar o trabalho, ressalvando que «é um sonho tornado realidade». O final da carreira não está para breve: «Nem pensar. Vou jogar o mais que puder. Quando não puder mais, paro.»

Bernardo Silva e a sua família celebram a conquista da Premier league. Foto: IMAGO/PA Images