Schmidt quer três pontas de lança, mas pode começar a pré-época com cinco e só dois estão garantidos
O plantel do Benfica apresenta-se para o início da pré-época já na quarta-feira, dia 3 de julho, e muito provavelmente Roger Schmidt começará a trabalhar com cinco pontas de lança, apesar de a SAD continuar ativa no mercado para diminuir o lote de jogadores para essa posição.
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O treinador alemão quer contar somente com três pontas de lança, sendo que nesta altura são dois os que têm lugar garantido para a nova época. Um é o brasileiro Marcos Leonardo, de apenas 21 anos, contratado ao Santos em janeiro deste ano — €18 milhões pela totalidade do passe, com o clube brasileiro a garantir o direito a receber 10% do valor de uma mais-valia obtida numa futura transferência do jogador — e que nos seis meses da última época marcou sete golos em 21 jogos, 470 minutos em campo. O outro é Vangelis Pavlidis, internacional grego de 25 anos do AZ Alkmaar, com quem os encarnados já têm contrato — por cinco temporadas e numa operação que deverá custar aos cofres da águia €17 milhões, mais €2 milhões por objetivos —, mas que ainda não foi oficializado devido a questões burocráticas entre clubes; mas Pavlidis está garantido como reforço — pelos neerlandeses, em 2023/2024, o grego marcou 33 golos em 46 jogos; e ainda seis assistências.
Depois, há três jogadores que lutam por uma vaga no setor, sendo que qualquer um deles pode ainda deixar o clube antes do início da época, ou até mesmo os três, o que obrigaria a investida para a contratação de mais um atacante. Arthur Cabral, Casper Tengstedt e Henrique Araújo são os três pontas de lança que ainda não têm futuro clarificado e que pode até ser a pré-época, de acordo com a avaliação de Schmidt, a decidir.
O ponta de lança brasileiro contratado no início da última época à Fiorentina, por €20 milhões, não satisfez totalmente em 2023/2024 (11 golos e 3 assistências em 43 jogos) e com a chegada de Pavlidis, pelo alto investimento que os dois representam, a SAD tenta vender o passe de Cabral. Porém, por enquanto existem apenas sondagens, mais e menos afirmativas, mas não chegaram propostas formais. O empréstimo do jogador também é uma possibilidade e a transferência em definitivo abaixo do preço de compra outra hipótese forte.O Benfica tem clubes da Arábia Saudita, de Inglaterra, Itália e vários emblemas no Brasil interessados em receber Arthur Cabral, sendo que o jogador, apurámos, não quer regressar ao seu país nesta fase da carreira. O Cruzeiro foi um dos clubes brasileiros que tentou o regresso do ponta de lança e também o Atlético Mineiro, com outra capacidade financeira, pensou no jogador que o Benfica mantém no mercado.
Ainda na perspetiva de Arthur Cabral, existe vontade de continuar na Luz e mostrar que pode render muito mais. É um cenário em aberto, mas, pelo que custou, será difícil ao brasileiro entrar no novo plantel se não for como aposta para titular de forma continuada.
O dinamarquês chegou à Luz em janeiro de 2023, o Benfica pagou €10,051 milhões aos noruegueses do Rosenborg por ele. Apesar de muito elogiado por Roger Schmidt, pelas movimentações que consegue fazer no ataque, Tengstedt, que tem 24 anos, fez somente quatro golos e seis assistências em 31 jogos.
O jogador tem algumas possibilidades em carteira, sobretudo na Dinamarca, onde o Midtjylland e o Copenhaga lhe seguem a pista. Mas a saída de Casper Tengstedt continua em aberto e nesta altura a perspetiva aponta para que também ele se apresente no Benfica na próxima quarta-feira.
Henrique Araújo é o terceiro ponta de lança com a situação indefinida e provavelmente também se apresentará a Roger Schmidt dia três de julho e deve cumprir pelo menos parte da pré-época. Com 22 anos, Henrique foi encarado como um dos jogadores mais promissores da formação dos encarnados e por isso tem contrato válido até 2027 e com uma cláusula de rescisão no valor de €100 milhões. Henrique Araújo chegou a participar em 20 jogos da equipa principal do Benfica e marcou cinco golos.
Para poder jogar com maior regularidade e crescer, saiu por empréstimo para o Watford, em 2022/2023, mas fez apenas oito jogos pelos ingleses, sem golos marcados; foi novamente cedido na última época, ao Famalicão, mas a temporada também não lhe correu bem — 21 desafios, 991 minutos de competição, novamente sem golos. Por clubes, marcou pela última vez a 15 de janeiro de 2023, num jogo da equipa B do Benfica frente ao Farense.
Apesar de na estrutura ainda exista quem acredita no ponta de lança internacional português sub-21, inclusivamente o próprio presidente do clube, Rui Costa, dificilmente o jovem ganhará um lugar no plantel. Esteve na última pré-época e nem chegou a ser testado em jogo de treino por Schmidt, embora tenha contraído uma pequena lesão.
3 maio 2024, 17:30
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O mercado ainda poderá e deverá ditar destinos diferentes para estes três jogadores, mas nesta altura, em vésperas do arranque oficial da temporada dos encarnados, os três posicionam-se como opções, com contrato, para a última vaga de ponta de lança: Roger Schmidt quer ter três para atacar a época.
Pavlidis é um atacante mais móvel, que não se fixa na área, permitindo ao treinador o cenário de um desenho tático com dois pontas de lança ao mesmo tempo, o que nas duas últimas épocas raramente sucedeu. Em 2024/2025, o treinador também terá, recorde-se, de encontrar solução para a ausência de Rafa Silva, melhor marcador em 2023/2024, sempre titular com o técnico alemão, mas que terminou contrato com o Benfica e assinou esta semana pelos turcos do Besiktas.
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