20 julho 2024, 16:01
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Rui Costa garante que o plantel ainda não está fechado e que agora é que o mercado vai começar a mexer
A BOLA falou com o professor e treinador Jorge Castelo para perceber se o médio português pode acrescentar valor à equipa do Benfica
O regresso de Renato Sanches ao Benfica é uma hipótese confirmada por Rui Costa, com o presidente das águias a admitir que o médio do PSG pode fazer o caminho inverso ao de João Neves, ainda que a sua vinda se materialize por empréstimo. Para Jorge Castelo, professor e treinador, o português de 26 anos tem qualidade para fazer a diferença no Benfica, mas, para isso, teria de ultrapassar a «série de lesões que o tem assolado».
20 julho 2024, 16:01
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«Não está aqui em causa a sua qualidade, mas sim a sua incapacidade de mostrá-la durante muito tempo», começou por dizer o treinador de 67 anos. «Tem passado por vários treinadores e vários clubes, tem tido sempre boas oportunidades, mas tem tido o azar de as lesões o terem privado de ter ritmo, persistência e continuidade no processo de treino e em contexto de competição. É uma questão que o Benfica com certeza pondera ou irá ponderar se o contratar», acrescentou.
Roger Schmidt está há dois anos no Benfica e tem tendência para usar um certo grupo de jogadores, 13 ou 14. Faz poucas alterações e, como tal, o jogador, para ser opção, tem de estar num nível elevado para suportar muito tempo de competição numa época altamente desgastante.
Jorge Castelo considera que as características de Renato Sanches «casam bem com a forma como Schmidt põe a equipa a jogar», destacando que o médio «sempre demonstrou ter capacidade e uma enorme adaptabilidade às exigências dos diferentes treinadores que teve na carreira». Reforça, ainda assim, que «o problema é que nunca vimos Renato a ser consistente para poder demonstrar toda a sua capacidade», devido às lesões.
Seria o regresso de um jogador da formação encarnada por quem os adeptos nutrem imenso carinho, mas Jorge Castelo pede cautela: «Por mais afetividade que possa haver, há algo que fica sempre no ar: qual é a possibilidade de ele contribuir de forma efetiva para os objetivos do clube? É essa mistura que muitas vezes pode ser negativa relativamente às perspetivas que temos de um jogador. Devemos ser racionais relativamente ao que o jogador tem produzido.»
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Por fim, o professor relembra que Renato Sanches e João Neves «jogam em posições diferentes e têm um estilo muito diferente», pelo que «o treinador terá de fazer ajustamentos em termos de organização de equipa». Sublinha que «se o jogador estiver fisicamente disponível, haverá ajustamento no coletivo», mas deixa o alerta sobre a forma como Roger Schmidt gere a equipa: «Há a dimensão individual e depois como se conjuga na dimensão coletiva, que é o mais importante. É preciso perceber que Schmidt está há dois anos no Benfica e tem tendência para usar um certo grupo de jogadores, 13 ou 14. Faz poucas alterações e, como tal, o jogador, para ser opção, tem de estar num nível elevado para suportar muito tempo de competição numa época altamente desgastante.»