Benfica: orgulho ferido em Itália, até nos reforços
Di María é uma das boas notícias para a noite europeia, Foto Pedro Loureiro Avant Sports/IMAGO)
Foto: IMAGO

Benfica: orgulho ferido em Itália, até nos reforços

NACIONAL01.10.202317:01

Águias nunca venceram no Giuseppe Meazza; Inter eliminou encarnados na Champions; Di María e Arthur Cabral também foram vítimas dos 'nerazzurri'

À procura de fazer história, parte 6: o Benfica jogará pela sexta vez numa das catedrais do futebol, o Giuseppe Meazza, e tentará fazer o que nunca alcançou: vencer no terreno partilhado pelos dois gigantes de Milão, Inter e Milan

O balanço é negativo: quatro derrotas e um empate em cinco confrontos, três frente aos nerazzurri e dois com os rossoneri. A primeira partida foi a final da Taça dos Campeões Europeus, em 1965, em San Siro, perdida para o Inter. A segunda foi  já no formato atual da Liga dos Campeões: a 1 de março de 1995, os encarnados perderam por 0-2 na primeira mão dos quartos de final (bis de Marco Simone), o que somado ao empate a zero na Luz na segunda mão ditou o adeus das águias à competição. 

A terceira visita deu-se a 25 de março de 2004, na quarta eliminatória da Taça UEFA, com o Inter a ganhar por 4-3 após o 0-0 na Luz. 

Três anos depois, novamente para a Champions, o Benfica deslocou-se a San Siro e perdeu por 1-2, a 18 de setembro de 2007, na fase de grupos. Nuno Gomes fez o golo dos encarnados, que apresentaram no onze Rui Costa, hoje presidente do clube, e Di María, à data ainda um aspirante a grande craque do futebol mundial. Pirlo e Pipo Inzaghi, irmão do atual treinador do Inter, foram os autores dos golos dos italianos. 

Os jogos do Benfica no Giuseppe Meazza

Adv.Competição (data)Resultado
InterTaça dos Campeões Europeus (final 1965)0-1
MilanChampions (1995)0-2
InterTaça UEFA (2004)3-4
MilanChampions (2007)1-2
InterChampions (2023)3-3

 

O único resultado menos negativo, apesar do desfecho ter sido idêntico, foi o empate na época passada a três bolas (golos de Aursnes, António Silva e Musa) frente ao adversário desta terça-feira, nos quartos de final da Liga dos Campeões, após a derrota por 0-2 no primeiro jogo, em Lisboa. 

Até os novos salivam

Há um sentimento de orgulho ferido a marcar a viagem do Benfica a Milão. A despedida da Champions na temporada passada foi difícil de digerir porque havia a convicção, até mesmo dentro do balneário, de que as águias podiam chegar às meias-finais da competição 33 anos depois. 

O Inter vive um grande momento de forma (lidera a Serie A), mas é natural que o desejo de vendetta esteja presente nas águias. Não apenas nos que transitaram mas também nos reforços, concretamente dois deles: Di María e Arthur Cabral, que em equipas diferentes viram o Inter roubar-lhes a hipótese de vencerem a Taça de Itália em 2023. 

Os nerazzurri eliminaram a Juventus do extremo argentino nas meias-finais e venceram a Fiorentina (2-1) do brasileiro na final. No caso do ponta de lança, tem o consolo de já ter faturado diante do Inter (de penálti), mas num jogo em que os viola perderam por 3-4. 

Arthur Cabral ao serviço da Fiorentina na final da Taça de Itália frente ao Inter

O passado não ganha jogos, mas por vezes serve de combustível para as corridas mais difíceis.

Vídeos

shimmer
shimmer
shimmer
shimmer