2 janeiro 2025, 22:22
O plano do Benfica para o mercado de janeiro
SAD resiste a vendas e deseja mexer pouco; contratação de lateral-direito pode ser exceção, mas alternativas da casa estão em análise
Derrotas abalaram estrutura. Oito pontos perdidos em 15 possíveis. Plantel e Lage procuram manter foco e apontam a resposta forte
As derrotas nos dois últimos jogos da Liga, por 0-1, com o Sporting, em Alvalade, e por 1-2 no sábado passado, no Estádio da Luz, com o SC Braga, são golpes fortes na época do Benfica. Abalaram a segurança do plantel no trabalho e deixam apreensiva a estrutura diretiva, responsável pelo futebol profissional.
Em menos de 15 dias, os encarnados passaram de uma situação muito favorável, em que lideravam a tabela classificativa da Liga, para um momento de dúvida em redor da capacidade para inverter a quebra, apesar de existir o conforto de ainda faltar muito para o final da época.
Com as duas derrotas e o empate (1-1) frente ao Aves SAD, a equipa desperdiçou oito dos últimos 15 pontos possíveis de conquistar e caiu para o terceiro lugar do campeonato, com menos três pontos que o Sporting (neste momento com vantagem no confronto direto com as águias) e menos dois que o FC Porto, que tem um jogo a menos.
Os 38 pontos com que o Benfica fechou a primeira volta da Liga significam o segundo pior registo da última década nesta fase da competição, a par da pontuação alcançada em 2018/19 — curiosamente, época em que Bruno Lage chegou pela primeira vez à liderança da equipa principal e a conduziu à conquista do título. Pior pontuação no final da primeira volta nos últimos 10 anos apenas se viu em 2020/21, quando o Benfica treinado por Jorge Jesus finalizou a 17.ª jornada com 34 pontos.
O mau arranque de Roger Schmidt esta época, com uma derrota e um empate nos primeiros quatro jogos, e que justificou o despedimento do treinador alemão e a contratação de Lage, também pesa nestas contas, mas, depois de uma recuperação entusiasmante, os últimos sinais representam e estão a ser encarados como alertas sérios à navegação.
Apesar da desconfiança dos adeptos, que têm assobiado o futebol da equipa nas últimas semanas, o lugar de Bruno Lage não está nesta altura em risco, mas é nele que está concentrada a maior parte da pressão para o que de bom ou de mau venha a suceder nos próximos jogos.
A SAD mantém a confiança no treinador e no plantel, mas está preocupada e quer uma resposta positiva de um grupo no qual não planeava mexer muito neste mercado de janeiro. Esse ainda continua a ser o plano, mas a quebra de rendimento de alguns elementos e a falta de resposta em algumas posições pode levar a reajustes além do desejado. A forma de atacar esta janela de transferência continua, por isso, em análise.
2 janeiro 2025, 22:22
SAD resiste a vendas e deseja mexer pouco; contratação de lateral-direito pode ser exceção, mas alternativas da casa estão em análise
O jogo de quarta-feira frente ao SC Braga, das meias-finais da Taça da Liga, marcado para as 19h45, com palco em Leiria, assumiu uma importância fundamental depois do que se passou nos dois últimos jogos do campeonato. O Benfica está obrigado a vencer para convencer que continua forte na época. E também para ganhar a possibilidade de conquistar uma competição que lhe foge desde 2015/2016, quando bateu por 6-2 o Marítimo na final. O treinador dos encarnados era Rui Vitória.
A última vez que o Benfica esteve presente numa final da Taça da Liga foi em janeiro de 2022 — era treinado por Nélson Veríssimo e perdeu o troféu para o Sporting de Ruben Amorim, num jogo que terminou 2-1 para os leões.
Este mês de janeiro será determinante para a época dos encarnados. Além da definição da Taça da Liga, joga com Farense (a 14) na Taça de Portugal, tem confrontos com Famalicão (a 17) e Casa Pia (a 25) para a Liga e decide a qualificação na Champions com jogos frente a Barcelona (a 21), em casa, e no duelo com a Juventus (a 29), em Turim.