Benfica-Celta: Análise individual e jogadores em destaque

Benfica Benfica-Celta: Análise individual e jogadores em destaque

NACIONAL22.07.202301:25

MUSA INSPIRA O ONZE CRIATIVO E DEIXA AVISO À CONCORRÊNCIA

Foi com o croata que a equipa cresceu. E com ele... toda a equipa. E houve Tengstedt 
 

Samuel Soares - Aprovado. Num teste mais exigente, não tremeu, sem sinais de insegurança. E com defesa de nível a remate do possante Larsen (6’).

Bah - Desafiador. Com visão ofensiva (remate cruzado aos 10’), arrisca no 1x1, com profundidade no corredor direito.

Tomás Araújo - Observador. Com Larsen debaixo de olho, alguns deslizes sempre que a bola era colocada nas costas, mas sem consequências.

Morato - Blindado. Entendem-se as razões para o Benfica o querer segurar. Num bom plano, motivado, com vários pormenores de classe na saída que empolgou as bancadas no Algarve.


Ristic  - Impiedoso. Sempre que coloca rotação acima, boas movimentações ofensivas (com Aursnes), conseguiu criar desequilíbrios, sem perder a solidez.  

Chiquinho - Pacato. Lesto - perda para Aspas quase fatal (10’) - faltou-lhe acutilância nas manobras ofensivas. E maior vigilância nas defensivas…

João Mário - Facilitador. É daqueles que nunca perde o rumo. Vai jogando o que o jogo pede e ontem, numa primeira parte coletiva mais apagada, foi criando, a espaços, alguns lances de perigo.

Rafa - Inconstante. Muitos esticões,  altos e baixos, sem a influência, ainda que tenha estado perto do golo após cruzamento de Bah (15’).

Aursnes - Generoso. Não gosta de protagonismo, sempre um dos mais equilibrados, associativo, boas decisões.

Gonçalo Ramos - Apagado. Poucas vezes solicitado, correu muito, mas não era jogo para brilhar.

Vlachodimos - Atento. Na única vez em que teve de se aplicar - remate de Tapia (85’) - brilhou entre os postes.

João Victor - Confortável. Como lateral, sempre assertivo a defender. Arriscou já um pouco mais no apoio ofensivo.

Lucas Veríssimo - Forte. No jogo aéreo onde esteve, aliás, bem perto de marcar com belo golpe de cabeça (83’). Menos bem no passe e no entendimento com João Victor.


António Silva - Seguro. É quase o seu nome do meio, certo? A liderar, forte nos duelos, eficaz na ocupação dos espaços, dá sinais de mais uma temporada de continuidade. Em nível elevadíssimo.

Jurásek - Destemido. A robustez e a capacidade física são armas decisivas para fechar o flanco. Conquistou faltas sempre com iniciativas criteriosas.

Florentino - Equilibrado. Com a sua entrada ao intervalo a equipa ganhou maior mobilidade e circulação que se revelou muito importante para os encarnados ganharem metros no ataque.

Kokçu - Dinâmico. Rendimento positivo com Florentino, dois jogadores que se complementam. O turco com um maior raio de ação, com excelente visão.  

Neres - Agitado. Com o brasileiro em campo, assim como com Di Maria - voltaram a ser apostas em simultâneo - o Benfica ganhou poder de improviso, fruto da sua criatividade que empolga não só as bancadas como a equipa. Mexeu com o jogo. E ajudou na vitória. 
 

JOGADORES EM DESTAQUE

Musa - Assim não pode ser suplente...
Inconformado. Suplente? Não seria um luxo, antes um desperdício face ao que entregou à equipa. Foi o principal responsável para um Benfica mais entusiasmante, criativo e ambicioso na segunda parte. Três remates em sete minutos (assim que entrou...), um corte que lançou Di María para lance perigoso e um golo. Desenhado com entrega e muita classe.  

Di María - Portador de entusiasmo contagiante
Vibrante. Ninguém fica indiferente ao argentino. Nem quando está no banco. Sente-se a sua presença, nas bancadas, em qualquer movimento que faça. Porque é dele que se espera aquilo que poucos conseguem fazer. Foi o portador de entusiasmo que contagiou a equipa com dribles, cruzamentos, livres e movimentações. E festejou. Mais um. Agora de penálti. 

Tengstedt - Deu sinal de vida e prova de força

Surpreendente. Uma das surpresas da noite. É certo que até nem começou muito bem, demasiado ansioso, com alguns passes mal medidos, mas foi crescendo e ganhando confiança com o decorrer dos minutos, terminando em grande nível. Com um cruzamento/remate (65’) que quase deu golo e foi numa das suas iniciativas que conquistou o penálti.  

João Neves - Para ele pode começar já a época!
Incansável. Num primeiro tempo de maior contenção, de pouco rasgo, foi do jovem médio que saíram os lances de maior critério (e de geometria) no passe e, sobretudo, no poder de recuperação. Parece estar em todo o lado. Sempre com uma enorme disponibilidade física, impressionante nesta fase. Para ele, com  o que jogou (e fez jogar) a época pode começar já...