Benfica: a resposta de Arthur Cabral

É o terceiro goleador do plantel e marca golos bonitos e importantes; tem a segunda melhor relação minutos/golos

Arthur Cabral marcou o segundo golo da vitória da equipa por 3-1 em casa do Farense, na segunda-feira, para a 30.ª jornada do campeonato, e reforçou o estatuto de terceiro melhor marcador do plantel dos encarnados, com 11 golos marcados esta época, atrás dos 20 de Rafa e dos 16 de Di María, no somatório das competições.

22 abril 2024, 21:00

Vídeo: calcanhar de Arthur Cabral recoloca o Benfica na frente

Avançado brasileiro marcou um grande golo à passagem do minuto 34

O ponta de lança brasileiro de 25 anos, que foi contratado esta época para o lugar de Gonçalo Ramos (por €20 milhões), não é titular indiscutível, nem sequer habitual, como acontece com os outros dois companheiros do pódio dos goleadores, mas mesmo assim mostra uma boa relação com a baliza. Em 41 jogos, 1.847 minutos em campo, marcou 11 golos, o que representa um golo apontado a cada 167 minutos, média de 0,27 golos por jogo.

Nesta relação minutos/golos perde apenas para o compatriota Marcos Leonardo, que festejou cinco golos em 405 minutos, uma média de um golo a cada 81’. Rafa precisa em média de 208 minutos para marcar e Di María de 239 minutos. Tengstedt (que tem apenas três golos na época) marca a cada 419’ minutos em campo.

Por curiosidade, Gonçalo Ramos terminou a época passada com 27 golos em 47 jogos e com 3.478 minutos de utilização, um golo marcado a cada 129 minutos.

As escolhas de Schmidt

A hierarquia dos pontas de lança esta época tem sido difícil de perceber, mas, à exceção dos jogos com o Moreirense e com o Farense (em que o treinador mudou oito dos titulares no primeiro desafio e cinco no segundo), a escolha de Roger Schmidt tem recaído muito no dinamarquês Tengstedt, com Marcos Leonardo e Cabral como segundas opções à vez.

Dos 41 jogos que fez, Arthur Cabral foi titular somente em 18 mas tem lutado há meses para se adaptar à forma de jogar que Schmidt pretende, recorrendo até, como A BOLA já detalhou, a um personal trainer para ganhar maior forma física. E a verdade é que, não tendo entusiasmado logo de início quando chegou, e foi inclusivamente alvo de muitas críticas por parte dos adeptos, o goleador brasileiro vai dando uma resposta forte em campo. O brasileiro marcou consideravelmente numa época de estreia e os golos que apontou foram de bonita execução e muitos deles de grande importância para a equipa.

Foi ele, por exemplo, quem marcou de calcanhar o golo em Salzburgo que possibilitou ao Benfica cair da Liga dos Campeões para a Liga Europa, quem marcou (e assistiu) no 3-2 com o SC Braga nos oitavos da Taça de Portugal, quem marcou e assistiu nos quartos da Taça de Portugal com o Vizela, quem fez golo do 2-2 com o Vitória de Guimarães, ou o golo da vitória pelo magro 1-0 frente ao Casa Pia, jogo em que foi lançado em campo apenas depois do intervalo. E marcou segunda-feira, novamente de calcanhar, ao Farense.
Arthur Cabral fez o suficiente para merecer mais crédito para a nova temporada.