Benfica: A lista que coroa Aursnes e alerta para... sobrecarga competitiva

Norueguês já fez 50 jogos em 2023/2024 e totaliza 4369 minutos, sendo o jogador mais utilizado por entre 1800 nomes de todo o Mundo; John McGinn (Aston Villa) e James Tavernier (Rangers) completam o pódio da plataforma 'Player Workload Monitoring'; «É um tema que carece de reflexão urgente e medidas concretas», realça Joaquim Evangelista

Aursnes faz lembrar o anúncio das pilhas e do coelhinho. Joga, joga e joga, mas também dura, dura e dura... E a mais recente atualização da plataforma Player Workload Monitoring da FIFPro, conhecida esta quinta-feira, comprova-o.

A lista destaca os jogadores de todos os campeonatos com mais jogos e minutos nesta temporada e o nome do internacional noruguês que nos últimos dias foi notícia por renunciado a seleção da Noruega, surge bem em destaque, uma vez que estamos perante o jogador com mais jogos e minutos desta temporada!

Fredrik Aursnes lidera a lista de 1.800 jogadores de todo o mundo com mais jogos e minutos em 2023/24. De acordo com os os dados apresentados, o médio norueguês do Benfica participou em 50 partidas oficiais e somou 4.369 minutos de utilização desde o início da temporada até ao passado dia dia 25 de fevereiro.  

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Há, porém, o outro lado da moeda. A plataforma em causa pretende chamar a atenção para a sobrecarga competitiva dos jogadores e aletar para as consequências no bem-estar dos futebolistas.

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«A FIFPro tem evidenciado, com dados concretos, os efeitos que a sobrecarga competitiva provoca nos jogadores. Neste último relatório, embora já tivéssemos exemplos anteriores de jogadores portugueses a liderar o ranking do número de jogos, surpreende que o jogador que leva o maior número de jogos compita no campeonato português», salienta o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista.  

«São cada vez mais os jogadores que, face à sobreposição de competições e ausência de períodos de paragem, tomam a decisão de renunciar à Seleção ou antecipam o final de carreira. O Aursnes comunicou recentemente essa renúncia à seleção da Noruega, mas outros jogadores de elite já o tinham feito, como por exemplo Varane, em França, por considerarem simplesmente demasiada a sobrecarga competitiva e o impacto físico e mental que acarreta.   É um tema que carece de reflexão urgente e medidas concretas, numa matéria (a dos quadros competitivos) em que a voz do jogador não tem sido respeitada», alertou Evangelista.