Benfica: 52 transferências em três anos
Muito mudou desde outubro de 2020 quando as águias receberam o Farense pela última vez; Otamendi e Rafa, os únicos que restam do onze que iniciou a partida frente aos algarvios
Foi apenas há três anos, mas comparando a equipa do Benfica que recebeu o Farense da última vez e aquela que se prepara para acolher novamente os algarvios, parece que passou uma década.
A partida diante dos leões de Faro é apenas um referencial, mas que ajuda a lembrar o muito que mudou na transição entre presidentes. Saiu Luís Filipe Vieira, entrou Rui Costa e os encarnados fizeram um total de 52 transferências, entre entradas e saídas.
Contabilizando apenas futebolistas que foram transferidos em definitivo e não englobando empréstimos (porque quem se mantém nos quadros do clube pode sempre voltar, basta recordar o caso de Florentino), o Benfica viu sair 28 jogadores e fez entrar 24 em cinco janelas de mercado, o que dá uma média de 10,4 transações por período — com maior volume no verão, como é normal.
A entrada de Roger Schmidt coincidiu com a maior operação de reconstrução destes três anos, uma vez que no verão de 2022 abandonaram a Luz 11 jogadores (Gil Dias, Helton Leite, Tomás Tavares, Diogo Gonçalves, Rodrigo Pinho, Taarabt, Vertonghen, Weigl, Yaremchuk, Svilar e Darwin) e mais dois saíram no mercado de inverno (Enzo Fernández e John Brooks).
Em contrapartida, entraram nove no mercado estival (Brooks, Draxler, Aursnes, Enzo Fernández, Ristic, Musa, João Victor, Bah e Neres) e mais três em janeiro (Gonçalo Guedes, Tengstedt e Schjelderup).
Já no arranque da presente temporada os números também se equilibram: seis entradas (Trubin, Bernat, Jurásek, Kokçu, Di María e Arthur Cabral) por seis saídas (Vlachodimos, Gilberto, Ristic, Grimaldo, Gonçalo Ramos e Seferovic). De 2020 para 2023, mais de cinco dezenas de transferências, portanto.
Farense: apenas uma vitória na Luz
O Benfica recebe esta sexta-feira um adversário que apenas venceu por uma vez no Estádio da Luz em 26 jogos. Foi a 21 de abril de 1996, à data as águias eram treinadas por Mário Wilson e o central Jorge Soares (que na temporada seguinte viria a transferir-se para os encarnados) fez o único golo do jogo.
Neste histórico cabem ainda dois empates (1987 e 1992) e o resto são triunfos (oito consecutivos), o último dos quais a 4 de outubro de 2020, por 3-2 (bis de Seferovic e um golo de Pizzi). Jorge Jesus era o treinador do Benfica e o campeonato mal tinha arrancado, devido à pandemia de Covid-19. Foi apenas há três anos, mas parece que foi há muito mais.