Aves SAD voa para a liderança da Liga 2

Não chega ter mais posse de bola e desenhar um futebol a régua e esquadro para ganhar jogos. Que o diga o Paços de Ferreira, que na visita a Vila das Aves mostrou tudo isto menos grandes soluções para criar perigo no último terço do terreno. Sobretudo na 1.ª parte. 

Agradeceu o Aves SAD, que nos primeiros 45 minutos aproveitou ainda alguma infelicidade defensiva dos castores para chegar à vitória. Na primeira jogada construída com pés e cabeça no encontro, os avenses chegaram ao golo num momento de azar para o pacense Pedro Ganchas. Após um cruzamento de Vasco Lopes, o defesa visitante, na tentativa de cortar a bola, acaba por enganar o seu guardião com um chapéu perfeito. 

Os pacenses reagiram, circulavam a bola de forma dinâmica, mas continuavam a evidenciar dificuldades para importunar Pedro Trigueira. Na verdade, seriam até os avenses a estar mais perto de fazer balançar novamente as redes antes do intervalo, valendo a atenção de Marafona. 

Na segunda metade, o Paços de Ferreira meteu o turbo para reentrar na discussão da partida, mas continuava a ser o Aves SAD muito mais perigoso na aproximação à baliza contrária. Com velocidade, os pupilos de Jorge Costa – que cumpriu o seu segundo jogo de castigo e por isso esteve ausente do banco – beneficiaram do muito espaço concedido pelo adversário para assinar as melhores oportunidades da 2.ª parte. 

O golo da tranquilidade surgiu de uma grande penalidade a castigar falta sobre Fábio Pacheco. Chamado à cobrança, o goleador Nenê não perdoou e apagou de vez a chama da esperança pacense.

Melhor em campo A BOLA:

Luiz Carlos (Paços de Ferreira): Não foi por ele que o Paços de Ferreira perdeu. Foi o farol da equipa, o pensador do jogo, o homem que teve mais clarividência com a bola nos pés. 

Treinadores: 

Marco Leite (adjunto Aves SAD): «Tivemos as melhores oportunidades de golo. Fomos competentes naquilo o que fizemos, defendemos bem. Batemo-nos com um Paços de Ferreira que na minha opinião tem bons jogadores e que poderia estar noutra posição que não a que está». 

Ricardo Silva (Paços de Ferreira): «Foi um jogo muito bem disputado. O Pedro Ganchas foi infeliz no primeiro golo, mas mesmo a perder continuamos a dar respostas e tivemos oportunidades para empatar. Na 2.ª parte não conseguimos fazer golo num período onde estávamos a dar tudo e com o penálti a equipa quebrou animicamente. Fizemos o melhor jogo da época fora de casa. Ficou a sensação de que podíamos ter levado daqui pontos».